Comitê do Governo estadual vai a Novo Mundo mediar conflito agrário
Neste domingo (21.02), houve registro de conflito na Fazenda Araúna, localizada em Novo Mundo. Forças policiais da Secretaria de Segurança Pública (Sesp) que já estavam na região para o cumprimento de ordem judicial de reintegração de posse de outra fazenda – a Recanto – permanecem no município visando manter a preservação da ordem.
O grupo enviado nesta segunda-feira à cidade é formado pelo secretário de Trabalho e Emprego, Valdiney Arruda; chefe da Casa Militar, coronel Airton Siqueira; secretário Executivo da Sesp, Carlos Corrêa Ribeiro; delegado da Polícia Civil, Luciano Inácio; diretor Agrário do Intermat, Diogo Delben; e um defensor público.
Na última quinta-feira (18.02), as forças policiais acompanharam o cumprimento de ordem judicial de reintegração de posse na Fazenda Recanto e, de acordo com os registros, a ação ocorreu sem nenhum incidente.
No domingo houve registro de conflito na Fazenda Araúna, localizada na mesma região, depois que membros do MLT (Movimento Luta Pela Terra) ocuparam a área. A Secretaria de Segurança Pública esclarece que o efetivo policial que já se encontrava na região se deslocou ao local após denúncia de conflito.
Um inquérito será instaurado para apurar as causas do conflito na Fazenda Araúna. A Polícia Judiciária Civil e a Politec estão no local colhendo depoimentos e realizando a perícia. A Polícia Militar continuará na região para preservação da ordem.
O Governo de Mato Grosso esclarece que a governança da solução definitiva do problema é de responsabilidade do Governo Federal. No entanto, o Governo de Mato Grosso está trabalhando para evitar novos conflitos na região.
O Governo Federal já foi informado sobre a situação pelo governo do Estado no ano passado e foi acionado novamente, ontem (22.02). O Estado aguarda posicionamento da União acerca da participação das Forças Nacionais de Segurança no cumprimento das decisões da Justiça, bem como atitudes mais firmes para a inclusão de pessoas ameaçadas e vítimas de violência em razão de conflitos agrários no Programa Federal de Proteção de Testemunhas.
O Governo de Mato Grosso ressalta sua disposição em promover ações de regularização fundiária e aguarda posicionamento da União.