Três equipes de agentes de combate a endemias fizeram o bloqueio químico na região da Praça da Mandioca, um dos principais pontos de encontro do carnaval de rua.
A coordenadora da Vigilância em Zoonoses, Alessandra Carvalho explicou que a ação na região teve inicio ontem, com a visita dos agentes orientando a população e fazendo o tratamento em 100% dos possíveis criadouros, como reservatórios no baixo e outros locais com água parada. “Hoje estamos finalizando essa ação pontual e estratégica na região, com o bloqueio químico visando amenizar o risco proporcionado pelo mosquito adulto”, destacou a coordenadora.
O inseticida utilizado é o Bendiocarb, que não faz mal ao homem mas, caso ocorra alguma reação a coordenadora, orientou que seja procurado uma unidade de saúde.
Alessandra Carvalho, explicou que essas ações são estratégicas dentro da rotina já cumprida pelos agentes de combate a endemias, reforçam o combate em áreas consideradas de risco mas a população também precisa fazer a sua parte.
Na região cerca de 115 casas foram visitadas. Numa delas, Welton, morador e comerciante na região, disse estar contente com a ação dos agentes mas disse que todos precisam fazer a sua parte. “Não adiante os agentes virem aqui, borrifar veneno, se as pessoas continuarem a jogar lixo na rua ou em terrenos baldios”.
Prevenção
Na segunda-feira (01), antecedendo o retorno das aulas nas universidades, 46 Agentes de Combate a Endemias (ACE), visitaram os estabelecimentos de ensino e entorno. Essas áreas também são consideradas de risco.
Os agentes de combate a endemias intensificaram as orientações aos responsáveis sobre a importância de ficar livre de qualquer objeto que possa acumular água parada. Nesses foi feito o tratamento em 100 % dos reservatórios não removíveis. Cerca de 510 imóveis foram visitados.
“O trabalho dos agentes de combate a endemias é fundamental nesse esforço de eliminação dos focos de criadouros do mosquito, mas é também fundamental a atitude da população. Cada morador tem que cuidar do seu quintal evitando recipientes que acumulem água, limpando suas caixas de água, eliminando o lixo, limpando os bebedouros de animais e calhas”, alertou Alessandra Carvalho.
Números
Segundo dados do Centro de Informações Estratégicas de Vigilância em Saúde (CIEVS), em relação à zica, em 2015 foram notificados 2.014 casos dos quais cinco deles tiveram confirmação positiva. No ano passado, 48 gestantes estavam com suspeita de terem contraído a zica.
Em 2016, já foram notificados 607 casos sendo que um deles teve confirmação positiva. De 1º de janeiro até agora 40 gestantes estão com suspeita de zica.
Em relação à chikungunya, só no mês de janeiro foram notificados sete casos e outros 156 casos de dengue.