Cooperação possibilita que Porto de Cáceres seja reativado em seis meses
A Companhia Mato-grossense de Mineração (Metamat) firmou um acordo de cooperação com a Associação Pró Hidrovia do Rio Paraguai (APH), para a retomada das atividades do Porto Fluvial de Cáceres, importante modal de transporte de cargas da região. A assinatura ocorreu na manhã desta terça-feira (14.01), na sede da Metamat.
Por meio da cooperação, será aportado o investimento estimado de R$ 1,5 milhão para recuperação da estrutura física, equipamentos, e demais adequações necessárias, com recursos da APH. O cronograma apresentado pela associação prevê que em seis meses aconteça a reativação do porto.
“É uma vontade antiga de todos que trabalham na região, que se possa voltar a usar o transporte aquaviário para escoamento da produção. Esta cooperação garante que cada etapa do cronograma seja cumprida com apoio e fiscalização do governo”, afirma o presidente da Metamat, Juliano Jorge Boraczynski.
Conforme o presidente da APH, Vanderlei Reck Junior, o porto está há praticamente 10 anos sem funcionamento, já que desde 2009 o fluxo diminuiu drasticamente, até a paralização completa, em 2012. Ele reitera a importância do escoamento da produção, e da possibilidade de facilitar a exportação, e a importação, para os produtores da região.
“Estamos bastante confiantes nesse novo momento. Por parte da Associação, não estamos medindo esforços para colocar o porto em operação dentro dos seis meses”, afirma.
O objetivo da Associação é que, após o início da atividade, aconteça a continuidade das melhorias, como a ampliação do embarque e desembarque, estruturação física e administrativa, e investimento em guindaste para operar com contêineres.
Também participou da ocasião o presidente da Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de Mato Grosso, Adriano Silva.
O porto
O Porto Fluvial de Cáceres é delegado pela União para a administração pela Metamat desde 1998. Por meio da hidrovia Paraguai-Paraná, o porto beneficiará municípios das regiões oeste e sudoeste do estado. Dos 3.442 quilômetros da rota aquaviária, 890 quilômetros ficam dentro do Brasil, passando por Mato Grosso e Mato Grosso do Sul. A hidrovia passa ainda pela Bolívia, Paraguai, e Argentina.