Secretaria de Saúde realiza “Dia D” em Prevenção de Incapacidades Físicas
A campanha Janeiro Roxo, que tem o objetivo de conscientizar a população sobre a luta contra a hanseníase, começou em Cuiabá oficialmente no dia 09 de janeiro. Na data uma palestra foi proferida pela médica do PSF Renascer, Dra. Andreia Tomborelli, para os pacientes que aguardavam por atendimento na sala de espera da unidade.
Ela explicou que os principais sintomas da hanseníase são o aparecimento de manchas brancas, vermelhas ou roxas pelo corpo, ou de caroços. Além disso, a pessoa pode apresentar infiltrado da pele do rosto e da orelha, queda das sobrancelhas, cílios, dos pelos ao redor das manchas. Também pode acontecer perda de sensibilidade dos olhos, perda de força nas pálpebras, perda de força e sensibilidade nas mãos e pés.
Para intensificar as ações de conscientização do conceito para as famílias e as comunidades, reforçando o reconhecimento dos sinais e sintomas da hanseníase, a Secretaria Municipal de Saúde, por meio da Diretoria de Atenção Básica, vai realizar na próxima segunda-feira (20) o “Dia D” em Prevenção de Incapacidades Físicas.
Segundo o Responsável Técnico do Programa Municipal de Controle da Hanseníase, Cícero Fraga, no dia 20 todas as unidades básicas de saúde realizarão ações como roda de conversa, palestras e avaliações das pessoas que estiverem esperando atendimento. “As mensagens centrais que queremos transmitir é que diagnosticar é prevenir, pois a hanseníase tem tratamento e cura e também que o diagnóstico tardio pode provocar incapacidades físicas e deformidades visíveis”, comentou Cícero.
A doença
A hanseníase, comumente conhecida como lepra, é uma doença infecciosa causada pela bactéria Mycobacterium leprae, ou bacilo de Hansen, que lesiona os nervos periféricos e diminui a sensibilidade da pele. Sua transmissão ocorre através do contato direto com doentes sem tratamento, pois estes eliminam os bacilos através do aparelho respiratório superior em meio a secreções nasais e gotículas da fala, tosse e espirro. No caso dos doentes que recebem tratamento médico, não há risco de transmissão.
A hanseníase tem cura e seu tratamento é realizado através de medicamentos via oral. Esta doença é tratada nas unidades de saúde e seu tratamento é gratuito. Os remédios são administrados via oral, pela poliquimioterapia (PQT), uma associação de medicamentos que evita a resistência do bacilo e deve ser administrada por seis meses ou um ano a depender do caso.
Uma importante medida de prevenção é a informação sobre os sinais e sintomas da doença, pois, quanto mais cedo for identificada, mais fácil e rápida ocorrerá a cura. Outra medida preventiva é a realização do exame dermato-neurológico e aplicação da vacina BCG nas pessoas que vivem com os portadores desta doença.