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Domingo - 17 de Maio de 2020 às 22:17
Por: Poder360

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© Sérgio Lima/Poder360 Segundo Paulo Marinho, empresário e suplente de Flavio Bolsonaro, o agora senador teria sido avisado por delegado em 2018 sobre a operação da PF que mirava Fabrício Queiroz
© Sérgio Lima/Poder360 Segundo Paulo Marinho, empresário e suplente de Flavio Bolsonaro, o agora senador teria sido avisado por delegado em 2018 sobre a operação da PF que mirava Fabrício Queiroz

A Polícia Federal informou na noite deste domingo (17.mai.2020) que abriu investigação para apurar se houve vazamento de informações sigilosas da Operação Furna da Onça ao senador Flavio Bolsonaro (Republicanos-RJ).

“Foi determinada, na data de hoje, a instauração de novo procedimento específico para a apuração dos fatos apontados”, disse a corporação em nota.

Em entrevista à Folha de S. Paulo, o empresário Paulo Marinho, suplente de Flavio no Senado, disse que a PF contou para o senador que a operação ia ser deflagrada em 2018. A ação é 1 desmembramento da Lava Jato, investiga desvio de dinheiro e 1 suposto esquema de rachadinha na Alerj (Assembléia Legislativa do Rio) e atingiu Fabrício Queiroz, ex-assessor de Flavio.

Os policiais também teriam “segurado a operação” para que ela não fosse feita antes do 2º turno das eleições de 2018 e atrapalhasse a candidatura de Jair Bolsonaro à Presidência da República. O senador é o filho mais velho do presidente.

De acordo com Marinho, Flavio Bolsonaro lhe contou sobre a antecipação das informações da PF na operação que atingiu Fabrício Queiroz, ex-assessor de Flavio na Alerj, em dezembro de 2018 –depois que Bolsonaro já tinha sido eleito com 55,2% dos votos. Na ocasião, Flavio queria que o empresário lhe indicasse 1 bom advogado criminal e estava “absolutamente transtornado”.

Leia a íntegra da nota da PF:

“A Polícia Federal esclarece, em relação à matéria “PF antecipou a Flávio Bolsonaro que Queiroz seria alvo de operação”, na edição on line da Folha de SP, na data de ontem (16/5), o que segue:

A Polícia Federal se notabilizou por sua atuação firme, isenta e imparcial no combate à criminalidade, dentro de suas atribuições legais e constitucionais.

A matéria jornalística em questão aponta a eventual atuação em fatos irregulares, de pessoa alegadamente identificada como policial federal, no bojo da denominada operação “Furna da Onça”.

A referida operação policial foi deflagrada no Rio de Janeiro em 08/11/2018, tendo os respectivos mandados judiciais sido expedidos pelo Tribunal Regional Federal da 2° Região, por representação do Ministério Público Federal, em 31/10/2018, portanto, poucos dias úteis antes da sua deflagração.

Esclarece-se, ainda, que notícia anterior, sobre suposto vazamento de informações na operação “Furna da Onça”, foi regularmente investigada pela PF através do Inquérito Policial n° 01/2019, que encontra-se relatado.

Todas as notícias de eventual desvio de conduta devem ser apuradas e, nesse sentido, foi determinada, na data de hoje, a instauração de novo procedimento específico para a apuração dos fatos apontados.”

OUTRO LADO

Flavio negou as acusações feitas por Marinho. Disse que o empresário quer sua vaga no Senado.

O filho mais velho do presidente disse que Marinho foi tomado pela ambição e trocou a família Bolsonaro pelos governadores João Doria (PSDB) e Wilson Witzel (PSC). [Marinho] preferiu virar as costas a quem lhe estendeu a mão”, escreveu Flavio.

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