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ECONOMIA
Terça - 16 de Agosto de 2016 às 20:25
Por: Redação TA c/ Portal Brasil

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Foto: Marcos Santos/USP Imagens
Recuperação da confiança vai tirar projetos da gaveta e gerar crescimento e emprego para o País
Recuperação da confiança vai tirar projetos da gaveta e gerar crescimento e emprego para o País
Depois de medidas anunciadas pela equipe econômica do governo em exercício, já é possível observar os resultados positivos nos principais indicadores econômicos. Nos últimos meses, o aumento da confiança de investidores levou a uma forte valorização alta na Bolsa de Valores de São Paulo, o real se valorizou 21,3% frente ao dólar e o Risco Brasil caiu pela metade, alcançando o menor valor desde 19 de junho de 2015.

Para analistas, os números sinalizam uma melhora da confiança de investidores e uma maior percepção de que o País está deixando para trás a crise econômica, o que, em breve, se traduzirá em uma retomada do crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) e aumento dos empregos.

O avanço de todos esses indicadores também se reflete em ingresso de investimentos estrangeiros no Brasil, valorização de empresas nacionais e, em última instância, crescimento do País. Semelhante a termômetros, eles podem indicar se a economia está no caminho certo.

Em janeiro, as ações das principais empresas brasileiras na Bolsa de Valores de São Paulo (BM&FBovespa) valiam, juntas, R$ 1,50 trilhão. De lá para cá, o valor dessas companhias subiu para R$ 2 trilhões.

Uma ação é como se fosse um pedaço de uma empresa. Com esse papel, o investidor pode receber dividendos e até votar em decisões importantes da companhia. Ter uma ação transforma o comprador em sócio.

O que é o Ibovespa

O valor das empresas brasileiras também pode ser medido por meio de pontos. As principais ações da bolsa compõem o Ibovespa. Quando os papéis dessas companhias se valorizam, esse indicador sobe alguns pontos.

Entre o último dia de janeiro e segunda-feira (15/08), o Ibovespa subiu 46,52%, passando de 40.405 para 59.201 pontos – o maior nível desde 05 de setembro de 2014. Apenas na segunda-feira (15), a bolsa subiu 1,45%, puxada, principalmente, pelos papéis da Petrobras.

As ações preferenciais da petroleira classificadas como preferenciais, que dão prioridade para receber dividendos mas não direito a voto, subiram mais de 2%; as ordinárias, que permitem participação em decisões da empresa, avançaram mais de 4%.

Valorização da Petrobras

O desempenho da estatal tem sido puxado pela alta do preço do petróleo no exterior e pela reestruturação em andamento na companhia e comandada pelo governo em exercício, e pelo novo presidente da Petrobras, Pedro Parente. No ano, as ações da empresa subiram mais de 83%; nos últimos 30 dias, o avanço foi de 11,6%.

Outro termômetro importante para o País é o Credit Default Swap (CDS), um dos indicadores mais usados pelo mercado financeiro para avaliar o risco de um País.

Entre o fim de janeiro e a última segunda-feira (15/08), esse risco caiu 46,43%. Isso significa que o País se tornou mais confiável e que as chances de não pagamento de sua dívida ficaram menores.

Esse risco é medido por contratos de CDS e, com a posse do governo em exercício, em maio, teve início um movimento de queda nesse termômetro. O pior momento havia sido em dezembro do ano passado, quando estava em 495,09 pontos.

De lá para cá, esse indicador vem apresentando uma reversão que foi intensificada depois dos anúncios de medidas saneadoras da economia e das contas públicas.

O que é Credit Default Swap (CDS)

O CDS é um acordo entre duas partes: de um lado, uma instituição financeira compra proteção para a sua carteira de crédito; do outro, uma seguradora ou outra instituição vende essa proteção.

Se uma instituição financeira tem um CDS, ela tem uma espécie de seguro. Supondo que alguém comprou um CDS dos Estados Unidos, por exemplo, isso significa que ele tem um seguro para o caso de os Estados Unidos não honrarem sua dívida com essa pessoa ou instituição financeira.

O CDS é medido em pontos. Se um País tem um CDS de 100 pontos, isso significa que o credor terá de pagar o equivalente a 1% de sua carteira de crédito para adquirir esse seguro.

O CDS do Egito, por exemplo, está em torno de 500 pontos. Significa que um investidor que detenha R$ 100 de dívida desse país teria de desembolsar R$ 5,00 em um CDS para garantir o pagamento integral dessa dívida, mesmo no caso hipotético de o Egito decretar um calote.

 





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