Sefaz renegocia dívida com Bank of America
O objetivo da renegociação, de acordo com o secretário de Fazenda, é melhorar o fluxo de caixa do Estado diante de um cenário econômico pessimista para 2016, em decorrência da crise política nacional e da perda do grau de investimento do Brasil por duas agências internacionais.
Nós pedimos e o secretário Marcelo Saintive abriu um espaço na agenda hoje, disse o secretário Brustolin pouco antes de embarcar para Brasília. O secretário adianta que serão apresentadas pelo menos três possibilidades de renegociação para os executivos do banco americano. A Secretaria do Tesouro Nacional participa da discussão por ser avalista dos governos estaduais nas operações externas.
A dívida de Mato Grosso hoje ultrapassa 7 R$ bilhões, sendo 24% dela em dólar. Com a desvalorização do real, o Estado vem pagando parcelas cada vez mais altas. Em março deste ano, com o dólar a R$ 3,10, o valor da parcela foi de R$ 103 milhões. Já em setembro, com o dólar a R$ 3,78, foi de R$ 127 milhões.
A próxima parcela vence em 10 de março de 2016 e não há previsão de qual será o valor da moeda americana na ocasião. A dolarização de parte da dívida, uma negociação feita na gestão passada, não previu em contrato uma trava para o dólar, o que terminou expondo Mato Grosso à variação cambial.
Grau de investimento
Há dois dias, a agência de Fitch tirou o grau de investimento do Brasil considerado uma espécie de selo de país bom pagador de sua dívida. Esta é a segunda agência de classificação de risco que rebaixa a nota de crédito soberano do Brasil para o nível especulativo. No início de setembro, o país já tinha perdido o grau de investimento na classificação de crédito da Standard and Poor s.
O Brasil ainda possui grau de investimento na Moody s, mas a agência também já avisou que colocou a nota do país em revisão para um possível rebaixamento.