Toque de Alerta - toquedealerta.com.br
GERAL
Sexta - 19 de Março de 2021 às 22:57
Por: Redação TA c/ Secom-VG

    Imprimir


Neste domingo, 21 de Março, é celebrado o Dia Internacional da Síndrome de Down. A data foi criada com o objetivo de reduzir o preconceito, combater a desinformação e destacar a importância da inclusão das pessoas com Down na sociedade, garantindo melhor qualidade de vida a elas. Em Várzea Grande, a Secretaria Municipal de Educação, Cultura, Esporte e Lazer (Smecel) oferece atendimento especializado aos alunos com essa síndrome.

A Rede Municipal de Ensino atende 24 alunos com Síndrome de Down, sendo cinco nos Centros Municipais de Educação Infantil (CMEIs) e 19 nas Escolas Municipais de Educação Básica (EMEBs).

Esses alunos recebem também atendimento especializado no Centro Municipal de Atendimento e Apoio à Inclusão João Ribeiro Filho, nas áreas de Fonoaudiologia, Fisioterapia, Psicologia e Psicomotricidade Aquática. Os alunos são atendidos também em Sala de Recurso Multifuncional nas Unidades Escolares e participam de aulas de Equoterapia.

A coordenadora-geral do Centro João Ribeiro, Benedita Loadir Pereira Leite, explica que as unidades de ensino possuem profissionais Técnicos de Desenvolvimento Educacional Especializado (TDEE), que auxiliam nas Atividades de Vida Autônoma (AVA) e também nas atividades Pedagógicas com esses alunos.

Um desses alunos é o Arthur Bezerra Mendes, de 2 anos e 10 meses, que estuda no CMEI “Manoel Rosa de Figueiredo”, no bairro Jardim Glória.

Segundo a vendedora Josilene Maria Bezerra Souza, mãe do Arthur, desde o ano passado ele está matriculado no CMEI onde se adaptou super bem, tanto com as professoras como coleguinhas. “Logo no começo, ele já estava à vontade, se sentindo em casa. Ele presta atenção em tudo o que acontece a sua volta, tem facilidade em aprender e se divertir com coisas novas. É um menino muito alegre, que gosta de dançar, brincar, jogar bola, correr, se esconder e descobrir coisas novas”.

Josilene Maria destaca ainda que nas atividades escolares, que agora estão sendo feitas em casa, ele sempre se lembra dos amiguinhos e dos professores. “Ele dá um largo sorriso sempre que vê fotos ou vídeos deles”.

A mãe relata que Arthur nasceu super saudável, cheio de saúde e foi no nascimento que descobriram a síndrome. “Foi nesse momento que aprendemos a ver o mundo de outra maneira, pois ser pais de uma criança com síndrome de down é dar valor a cada momento, a cada sorriso, a cada gesto, a cada choro, a cada instante da vida dele e da nossa também”.

O pequeno Vicente Vieira de Almeida Neto, de 1 ano e 8 meses de idade, também é aluno do CMEI “Manoel Rosa”. A mãe dele, a auxiliar de dentista, Crystiane Maria Metelo da Costa, diz que está muito feliz em poder matricular o filho na unidade e se sente segura em deixá-lo lá, pois já conhece o trabalho dos profissionais do Manoel Rosa. “A minha filha, que hoje tem 7 anos, já estudou na creche e os profissionais de lá são carinhosos e atenciosos com as crianças, uma referência para a comunidade”.

Para Crystiane Maria, a creche é um ótimo lugar para o filho se desenvolver na fala, nas brincadeiras e a ter contato com outras crianças. Ela destaca ainda que Vicente é bastante agitado, mas ao mesmo tempo é uma criança meiga e carinhosa. “Ser mãe de uma criança com síndrome é uma bênção de Deus. Me sinto especial por isso”.

Para a diretora do CMEI Manoel Rosa, professora Evanir Mendes da Costa Cruz, falar da inclusão na Educação Infantil é lembrar de momentos gratificantes, pois, foi a partir da matrícula de uma criança com Síndrome de Down, em 2006, que sentiu a necessidade de repensar a organização dos tempos e espaços do CMEI.

“A criança inclusa deixava fluir livremente o seu desejo de conhecer os objetos, os ambientes. Fugia da sala e ia aos outros ambientes. O desafio de fazê-la compreender a rotina levou a equipe a estudar técnicas e novas metodologias. Hoje isso é rotina na instituição, e esse olhar que a inclusão despertou é o diferencial do CMEI Manoel Rosa”, ressalta a professora.

Outro ponto importante, destacado pela diretora, foi a necessidade de estreitar os laços com a família para planejar ações de inclusão. “Hoje, nas atividades remotas, essa interação faz toda diferença, pois incluir vai muito além de inserir e exige competência técnica, muito estudo, busca de adequação e interação e atitude de respeito e amor de toda equipe da instituição para que todas as crianças tenham a oportunidade de um desenvolvimento integral, de forma lúdica e prazerosa”.

A inclusão, segundo Evanir Mendes, beneficiou o CMEI com a implantação da Sala de Recursos Multifuncional, que orienta os profissionais nas intervenções necessárias, nas interações e brincadeiras.

Para o secretário de Educação, Cultura, Esporte e Lazer, Silvio Fidelis, assim como todos os alunos inclusos da Rede Municipal, as crianças com síndrome de down têm um atendimento especializado, eficiente e com respeito. “Sabemos da importância de ofertar um atendimento especializado a esses alunos, por isso nossas unidades de ensino possuem ambientes adequados e com profissionais capacitados”.

Síndrome de Down -

O Dia Internacional da Síndrome de Down é celebrado em 21 de março em alusão aos três cromossomos no par número 21, característico das pessoas com Síndrome de Down. O Dia Internacional da Síndrome de Down está no calendário oficial da Organização das Nações Unidas (ONU), sendo comemorado pelos 193 países membros.

A Síndrome de Down não é uma doença, mas sim uma mutação do material genético humano, presente em todas as raças. É causada pela presença de três cromossomos 21 em todas ou na maior parte das células de um indivíduo. Isso ocorre na hora da concepção de uma criança. As pessoas com síndrome de Down, ou trissomia do cromossomo 21, têm 47 cromossomos em suas células em vez de 46, como a maior parte da população.





URL Fonte: https://toquedealerta.com.br/noticia/43369/visualizar/