Cuiabá tem a quarta cesta mais cara do Brasil
Sob a perspectiva da variação mensal, ou seja, da inflação sobre a cesta básica entre outubro e novembro, houve elevação de 9%, que comparada com a apuração do Dieese, foi a segunda maior do período, atrás apenas da registrada em Brasília, em 9,22%. O Dieese realiza a pesquisa mensal de preços em 18 capitais brasileiras, mas não incluiu Cuiabá. O Departamento apura além das grandes metrópoles todas as capitais da região Centro-Oeste, Goiânia, Brasília e Campo Grande. Como o Imea avalia o comportamento dos preços dos mesmos itens do Diesse - carne, leite, feijão, arroz, farinha, batata, tomate, pão, café, banana, açúcar, óleo e manteiga – é possível inserir Cuiabá no ranking nacional.
Como aponta a pesquisa mensal do Imea, pesaram no orçamento das famílias cuiabanas na virada do mês o tomate, com alta de 40%, a batata que ficou 20% mais cara, seguida da banana e do açúcar, cujas altas foram de 10% para cada um dos itens. Como destacam os técnicos do Instituto, “o tomate e a batata tiveram seus preços valorizados em 40% e 20%, respectivamente, sendo os itens que mais impactaram a cesta. Este fato ocorreu devido aos acontecimentos climáticos atípicos que afetaram a produção, prejudicando assim a oferta”.
Nenhum dos 13 produtos acompanhados todos os meses pelo Imea registraram queda nos preços em novembro. No acumulado dos onze primeiros meses, os grandes vilões são o feijão com 55% de alta, batata 50% e o arroz 30%. Nessa análise, nenhum item exibe deflação acumulada em 2015.
O valor dos produtos que compõem a cesta básica aumentou, em novembro, nas 18 capitais onde é feita a Pesquisa da Cesta Básica de Alimentos, pelo Dieese. As quatro que apresentaram mais avanços foram: Brasília (9,22%), Campo Grande (8,66%), Salvador (8,53%) e Recife (8,52%). A menor correção foi observada em Belém (1,23%).
Já entre as capitais que apresentam os menores valores estão: Aracaju (R$ 291,80), Natal (R$ 302,14) e João Pessoa (R$ 310,15).
O Dieese estima que o valor mínimo do ganho mensal de um trabalhador, para suprir as necessidades básicas de uma família com quatro pessoas, é R$ 3.399,22. O valor é 4,31 vezes superior ao do salário mínimo em vigor (R$ 788). Em outubro último, o valor tinha sido calculado em R$ 3.210,28, o equivalente a 4,07 vezes o piso mínimo do país.