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ESPORTES
Segunda - 15 de Agosto de 2016 às 06:48
Por: Redação TA c/ Gcom - MT

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Foto: Gcom-MT
Os Jogos Escolares da Juventude de Mato Grosso vão deixar saudade para muita gente. Foram dez etapas regionais e três estaduais que mobilizaram milhares de estudantes entre 12 e 17 anos. A competição alcançou 123 dos 141 municípios mato-grossenses, o que significa uma participação de 87% das cidades.

Os jogos começaram em abril e terminaram no último dia 04 de agosto. Nesses quatro meses de competição, foram mobilizados 9.875 estudantes/atletas de 301 escolas do Estado, entre estaduais, municipais, federais e particulares.  Cerca de 80 mil pessoas acompanharam o evento, durante as etapas regionais.

Na avaliação do secretário Adjunto de Esporte e Lazer, Pedro Luiz Sinohara, os jogos cumpriram com o seu papel social. “Os jovens ficam o ano inteiro envolvidos nessa competição e, dessa forma, eles não têm tempo para mexer com coisas erradas”, destacou o gestor.

Sobre a evolução do evento, ele ressaltou a questão disciplinar dos treinadores das equipes e também o nível técnico dos árbitros, que melhorou muito em relação ao ano passado. “Quase não houve ocorrência de treinadores batendo boca com os árbitros durante as partidas”, citou.

Sinohara também acrescentou que todo material esportivo (redes e as bolas das modalidades) que a secretaria compra pra os jogos, são doados aos municípios que sediam as etapas regionais e estaduais da competição.

Já o coordenador geral dos jogos, Manoel da Fonseca, observou que a nova formatação da competição fez com que mais municípios participassem do evento, em relação ao ano passado.

O nova formato, enfatizou Fonseca, também unifica as principais competições do desporto escolar, que são os Jogos Escolares e os Jogos Estudantis de Seleções Municipais. “Agora, classificam para o estudantil de seleções, as equipes que alcançarem até a sexta colocação nos jogos escolares.Isso cria uma conexão entre os eventos”, reforçou.

Os jogos de 2016 com certeza vão ficar na memória do estudante de Araputanga, Gyliardson Pereira, de 17 anos. Na etapa regional, sediada em Cáceres, ele foi campeão de vôlei e eleito o melhor atacante da competição. Os feitos do garoto não pararam por aí.

No atletismo ele conquistou a primeiro lugar no lançamento de dardo e no salto triplo. No dardo ele alcançou a marca de 50,60 metros, além de também vencer no salto triplo.As conquistas no vôlei e no atletismo renderam a Pereira o título de melhor atleta dos Jogos Escolares do ano. Mas para, além disso, o menino destacou que a competição serviu para fazer grandes amizades e conhecer lugares novos.

“Estou um pouco triste porque esse é o meu último ano. E tão bom sair com a galera, viajar, sentir a adrenalina do jogo, a vibração da torcida. Com certeza, os Jogos Escolares transformaram a minha vida”, declarou o Pereira.

Agora, os atletas e as equipes campeãs do escolar de Mato Grosso vão representar o Estado na etapa nacional dos Jogos Escolares da Juventude, que nesse ano serão disputados na cidade de João Pessoa (PB), nos meses de setembro e novembro.

Nível técnico

No aspecto técnico também houve avanços. Segundo o secretário dos jogos, Alexandre Espíndola, em 2016 despontaram novos times em modalidades até então dominadas por poucos.No handebol, por exemplo, os municípios de Nobres e Ipiranga do Norte se destacaram no handebol ao lado de Sorriso e Campo Verde, que já são cidades com tradição nessa modalidade.

No futsal, equipes até então favoritas ficaram nas semifinais e surgiram outros times também de muita qualidade. “É muito importante que várias equipes briguem pelo título, em todas as modalidades, pois isso eleva o nível técnico na competição. Os times campeões também ficam mais preparados para encarar a fase nacional do escolar”, salientou Espíndola.

Novidades

Neste ano, a grande novidade dos jogos foi o incentivo a prática de esportes envolvendo pessoas com deficiência. Nas dez regionais, os estudantes e os professores de Educação Física tiveram a oportunidade de conhecer modalidades paralímpicas, por meio de cursos e vivências.

Os cursos foram proferidos por profissionais designados pelo Comitê Paralímpico Brasileiro (CPB). Em Sinop os professores fizeram capacitação de bocha paralímpica com Arthur Cruz – membro do Comitê Organizador das Paralimpíadas do Rio de Janeiro 2016, sendo uma das maiores autoridades do esporte no país.

Os estudantes também foram envolvidos no processo e participaram de vivências em modalidades paralímpicas. Eles praticaram, de olhos vendados, modalidades como o goalball, o judô e o futebol de 5.

Essas ações foram desenvolvidas pela Superintendência de Políticas Esportivas Especiais da Secretaria de Educação Esporte e Lazer (Seduc-MT). Na avaliação de um dos coordenadores do órgão Luiz Tamba, o projeto é importante, pois cria uma noção de respeito e valorização às pessoas com deficiência. “E o mais importante é que o governo do estado abraçou essa causa e estabeleceu essa política, de inclusão, como uma das principais metas da gestão”, comemora Tamba.

 





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