Dom Bosco acusa Cuiabá de irregularidade na semifinal

 Eliminado nos pênaltis pelo Cuiabá no fim de semana após dois empates nas semifinais da Copa FMF Sub-21, que vale uma vaga na Copa do Brasil 2016, o Dom Bosco quer a vaga do Dourado. Baseado nos artigo 214 do Código Brasileiro de Justiça Desportiva (CBJD) e 25 do Regulamento da competição, o Azulão acusa o adversário de ter escalado o meia Michel “de forma irregular”. De acordo com o Código, caso a irregularidade seja confirmada, o Cuiabá perderia pelo menos 6 pontos e seria eliminado.

 

O presidente do Cuiabá, Aron Dresch, não atendeu às ligações da reportagem. Coube ao diretor do clube, Marcos Haneiko, o Tifu, explicar a situação. “Fiquei sabendo dessa denúncia agora e estou indo à Federação para ver do que se trata”, disse o diretor, responsável pela documentação dos atletas do clube. Segundo ele possivelmente a suspeita do Dom Bosco recairia sobre a transferência internacional de Michel, que, antes de defender o Dourado, vestia as cores do Naval, de Portugal. O dirigente garantiu que a documentação chegou a tempo.

Já a diretoria do Dom Bosco garante ter provas da irregularidade que pode adiar as finais da competição e mudar os finalistas. “Protocolamos o recurso com a denúncia na segunda-feira no TJD da FMF e estamos aguardando a posição do Tribunal para definir que dia será o julgamento”, disse Fábio Pires, da diretoria alviceleste.

O advogado Jeandre Bucair, que redigiu a petição, encaminhada à Procuradoria do TJD, que é responsável pela denúncia, explicou a situação e a alegação alviceleste:

– A FMF abriu a exceção para que cinco jogadores jogassem como amadores, mas esses jogadores tem que ter menos de 20 anos. Todo clube podia inscrever profissionais e cinco amadores, abaixo de 20 anos. O Cuiabá inscreveu o Michel como amador e ele tem 21 anos, contrariando a regra. O Parágrafo quarto do artigo 214 do CBJD diz que quando não é possível aplicar a perda de pontos, se aplica a exclusão da equipe infratora da competição. “O jogador estava vinculado como profissional no Naval e foi inscrito aqui como amador para driblar o regulamento. Temos que moralizar nosso futebol”, sentenciou.