31ª Bienal São Paulo é aberta ao público no Palácio da Instrução
“A 31ª edição da Bienal de São Paulo não traz um tema específico, pois são várias as questões trabalhadas, da religião à sexualidade, passando pela violência, política e, obviamente, a arte. Procuramos trazer para Cuiabá uma representação geral da Bienal de São Paulo para que as pessoas tenham conhecimento do que é a exposição neste primeiro contato”, explicou Pablo Lafuente, um dos curadores.
Segundo a diretora da Fundação Bienal de São Paulo, Lídia Goldenstein, Cuiabá sedia não apenas uma das principais Bienais do mundo mas também o maior evento artístico da América Latina. “Estamos muito felizes em fazer com que a Bienal de São Paulo tenha este olhar para o Brasil e, por isso, um dos principais projetos da atual diretoria foi incrementar a itinerância. A ideia da Bienal é este olhar novo que a arte pode ajudar a criar nas pessoas”, disse. “A acolhida tem sido tão positiva que já estamos conversando sobre trazer a Bienal de 2016 no ano de 2017 em um projeto mais ampliado”, adiantou.
Para receber as obras da 31ª Bienal, o Palácio da Instrução passou por obras de manutenção ao longo de dois meses, tempo considerado recorde. “A instalação de uma exposição do porte da Bienal é também um ato de respeito ao patrimônio histórico, evidenciando um espaço centenário com obras de vanguarda, novas ideias, intercâmbio e o encontro dos artistas, mostrando que este é um mundo sem fronteiras”, observou Leandro Carvalho, secretário de Estado de Cultura, Esporte e Lazer.
A reabertura do Palácio da Instrução também foi evidenciada pelo governador Pedro Taques. “Este é um compromisso de governo, fazer com que a cultura e a arte sejam instrumentos para transformar as pessoas e, consequentemente, o lugar onde elas vivem. Este espaço agora está apto a receber acontecimentos culturais para toda população de Mato Grosso”, frisou.
Exposição
A 31ª Bienal de São Paulo fica em cartaz em Cuiabá até o dia 06 de dezembro. É composta pelos projetos: 10.000 anos de arte popular nórdica, de Asger Jorn; É apenas o vértice do mundo interior, de Agnieszka Piksa; Casa de Caboclo, de Arthur Scovino; Ponto de encontro, de Bruno Pacheco; Vila Maria, de Danica Dakić; Não é sobre sapatos, de Gabriel Mascaro; Violência, de Juan Carlos Romero; Não-ideias, de Marta Neves; Handira, de Teresa Lanceta; Cartas ao leitor (1864, 1877, 1916, 1923), de Walid Raad; A leitora de café, de Michael Kessus Gedalyovich; A última aventura, de Romy Pocztaruk; Série Negra/Cabine telefônica aberta, de Nilbar Güreş; Nosso Lar, Brasília, de Jonas Staal; Sem título, de Vivian Suter e Ymá Nhandehetama, de Armando Queiroz com Almires Martins e Marcelo Rodrigues.
Além da exposição estão programadas palestras, debates, oficinas e encontros sobre arte contemporânea com artistas e o público, bem como visitas mediadas de grupos, escolares ou não. O agendamento deve ser feito pelo email 31bienalmt@secel.mt.gov.br.
Os horários de visitação são de terça a sexta, das 8h às 20h, sábados, domingos e feriados, das 10h às 18h. A entrada é gratuita. O Palácio da Instrução fica na rua Antônio Maria, 251, centro de Cuiabá.
A 31ª Bienal de São Paulo – Obras selecionadas é uma realização do Ministério da Cultura, Governo de Mato Grosso, Bienal São Paulo e Itaú.