Três dias após rebelião, agentes de socioeducativo fazem protesto
Três dias após os internos fazerem rebelião que durou aproximadamente seis horas, servidores do Centro Socioeducativo de Rondonópolis, a 218 km de Cuiabá, realizaram protesto na manhã desta quarta-feira (21) para pedir mais agentes e mais segurança. A manifestação ocorreu na frente da Delegacia Especializada do Adolescente (DEA), ao lado do centro.
Durante o protesto, os agentes mostraram armas artesanais que teriam sido feitas pelos menores infratores, e também faixas com reivindicações da categoria. A Secretaria de Estado de Justiça e Direitos Humanos (Sejudh) informou que ainda não tem data para realização de concurso.
O protesto faz parte de uma mobilização nacional iniciada em Brasília. Os servidores do socioeducativo cobram a ampliação do quadro de funcionários, melhores condições de trabalho e mais segurança.
“Totalmente desumano esse local tanto para os agentes quanto para os servidores. A gente não tem segurança nenhuma, os adolescentes vivem armados. Tem várias armas artesanais que eles confeccionam pra tentar fugir”, disse o representante do Sindicato dos Servidores do Socioeducativo, Robson Machado da Silva. Em Rondonópolis, há aproximadamente 50 servidores e, em todo o estado, cerca de 500.
Um dos reféns da rebelião do último domingo (18), que pediu para não ser identificado, contou que os pedidos dos servidores são antigos. “Não é de agora que a gente vem reivindicando melhorias aqui pro sistema, para os profissionais. E eles nunca olham pela gente”, disse.
Outro lado
A Secretaria de Justiça e Direitos Humanos (Sejudh) disse que ainda não tem data para fazer a reforma do prédio do Centro Socioeducativo de Rondonópolis e que mantém diálogo com agentes.