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ESPORTES
Sexta - 09 de Outubro de 2015 às 10:21
Por: Da Redação TA c/ Assessoria

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 O projeto  para liberação de bebidas alcoólicas nos estádios de Mato Grosso recebeu apoio  incondicional dos presidentes  dos 12 maiores times do Estado, que se encontraram nesta quarta-feira (08) , durante reunião do Conselho Arbitral, promovida pela Federação Mato-Grossense de Futebol (FMF).  Ao autor da proposta, deputado Dilmar Dal Bosco (DEM), os dirigentes afirmaram que a reestruturação das equipes passa pela aprovação da lei, que já está em vigor em cinco estados brasileiros.

“Para alavancar o futebol profissional em nosso Estado  precisamos de investimentos,  o que ficou restrito com a proibição das bebidas alcoólicas, uma vez que as cervejarias brasileiras eram as maiores patrocinadoras desse esporte. Precisamos de  fontes de renda para manter nossas equipes, e essa é a melhor maneira de atraí-las”, afirmou Helmut Lawisch, presidente do Luverdense,  único representante na história de Mato Grosso a disputar a Série B do Campeonato Brasileiro em sua configuração atual, de pontos corridos.

Carlos Rufino, presidente do União Esporte Clube de Rondonópolis, também é favorável a liberação da bebida e convocou todos os dirigentes  esportivos  à conversarem com os deputados estaduais com base em municípios que possuam time no Campeonato Mato-grossense, com intuito de convencê-los a acatar a proposta e dar celeridade em sua aprovação.

“Ninguém deixa de assistir ao futebol pela restrição na venda da cervejinha, pelo contrário, as pessoas preferem acompanhar as partidas em  bares e locais públicos que comercializem a bebida, deixando o estádio às moscas, o que não é justo com os times que fazem investimentos milionários em suas equipes.  Temos que mostrar aos nossos representantes políticos que a volta da cerveja nos estádios é um anseio da população, de pais, trabalhadores, que têm no futebol o seu momento de diversão semanal”, conclamou Rufino.

Durante o evento, Dilmar explicou que sua proposta foi retirada de tramitação e transformada em Substitutivo Integral em razão da existência de um projeto de lei com o mesmo teor  apresentado em 2014 pelo então deputado Walter Rabello (PSD). A matéria, que já obteve parecer favorável da Comissão de Segurança Pública e Comunitária da Assembleia Legislativa, recebeu parecer contrário da Comissão de Constituição  Justiça e Redação (CCJR), e que por isso, teve seu teor substituído

“Walter Rabello era um apaixonado pelo futebol, e atuou nos times do Mixto e do Operário, é justo que uma proposta de tamanha relevância leve o seu nome. O seu projeto tinha alguns pontos que configuravam vício de iniciativa,  por isso recebeu parecer contrário da CCJR. O que fiz foi apresentar um Substitutivo Integral à proposta dele, corrigindo as irregularidades, e agora vou garantir que a proposta seja aprovada pela Assembleia Legislativa”, afirmou Dilmar.   

O Substitutivo apresentado pleo democrata permite a venda e o consumo de bebidas alcoólicas antes, durante o intervalo e até 30 minutos após o término da partida. Dilmar  ressalta que a cerveja será servida em copos ou garrafas plásticas, com teor alcoólico, no caso de cervejas industrializadas ou artesanais, de até 14%. Em camarotes e áreas VIP, o consumo será livre. A proibição da cerveja nos estádios brasileiros ocorreu em 2010, com a implementação do Estatuto do Torcedor.

“Não existe histórico de violência nos estádios mato-grossenses. Estou recebendo pressão de todos os lados por causa da minha proposta, mas não vou arredar, até porque, se a intenção é reduzir a violência, a venda de bebidas alcoólicas também teria que ser proibida em eventos Open Bar, onde jovens passam mais de cinco horas consumindo álcool,  enquanto que, em uma partida, esse tempo não é maior de 90 minutos”, defendeu Dilmar.  A matéria será tema de audiência pública com data ainda a ser definida.





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