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CIDADE
Sexta - 02 de Outubro de 2015 às 15:29
Por: Da Redação TA c/ Assessoria

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 Na Escola Estadual Liceu Cuiabano Maria de Arruda Muller, em Cuiabá, a camiseta de uniforme azul identifica os alunos do 3º ano, que representam quase um terço do total de 1.500 estudantes da unidade. Os jovens concluem o último ano do ensino médio e estão focados no futuro, em especial na profissão que irão seguir. 

Mas para ingressar em uma faculdade é preciso um bom desempenho no Exame Nacional do Ensino Médio (Enem), que será realizado nos dias 24 e 25 deste mês. E é nesse ponto que alunos interessados e professores empenhados fazem a diferença. Toda sexta-feira, cerca de 400 alunos das 10 turmas do 3º ano vão ao anfiteatro da escola assistir as aulas intensivas com conteúdos e dicas do Enem. Por conta da grande quantidade de estudantes por período – 200 jovens no matutino e outros 200 no vespertino – o momento de foi batizado de “aulão”. 

As aulas da manhã vão até o meio dia, e as da tarde até às 18h, com exceção da sexta-feira quando os alunos participam de diversas oficinas no último período. Mas em 2015, os alunos do 3º ano participam do intensivo nesse horário. Essa não é a primeira vez que a escola promove um reforço para o exame, porém esse ano os alunos puderam opinar sobre os conteúdos dos “aulões”, que entraram para o calendário escolar, segundo a professora Janaína Moreira Bomfim, que coordena do intensivo e atua há 13 anos na instituição. 

“Desde o primeiro bimestre os estudantes tiveram aulas de interpretação de texto e a partir do segundo bimestre os professores ministraram Matemática, História, Química e mais conteúdos de Língua Portuguesa. As prioridades foram definidas em conjunto com o presidente do Grêmio Estudantil”, explicou a professora. 

“Pensamos em como ajudar os alunos a melhorar o desempenho no Enem. A resposta surgiu em parceria com os meus colegas, que trouxeram as demandas e eu as repassei para a professora Janaína”, contou o presidente do Grêmio Estudantil, Lucas Nascimento, de 17 anos. Ele, que também é do 3º ano, se dedica à escola e ao intensivo, pois pretende cursar direito em uma universidade pública. 

Já Fernando Alysson Costa Fernandes quer cursar engenharia elétrica, mas não conseguia estudar para o Enem, pois estava focado nas provas e trabalhos escolares. Agora consegue dividir o tempo entre as atividades. A mesma postura de Joyce Caroline Hurtado Lima, que só estudava antes das provas. “As aulas pra mim são boas porque revisamos os conteúdos estudados e depois aprofundamos a pesquisa em casa”, avaliou a aluna que deseja cursar medicina ou psicologia. 

Janaína Bomfim defende que, apesar de serem poucas aulas, valem a pena. A coordenadora cita como exemplo a figura de linguagem, conteúdo recorrente em questões no Enem que é ministrado no primeiro ano do ensino médio. Sem revisão, até a prova o estudante já esqueceu o conteúdo, por isso a necessidade do reforço, explicou a coordenadora. 

A professora de Língua Portuguesa e especialista em redação, Estefane Emanuelle Ferreira é a próxima professora do aulão, com o assunto que apresenta mais dúvidas: a redação. Ela entende a ansiedade dos alunos, já que para eles o Enem é a porta de entrada para universidade e para um futuro melhor. Mas como não existem vagas para todos, lembrou a professora, somente os mais preparados irão passar. Assim, é preciso estudar. 

“A nossa escola está ranqueada como segundo lugar no Enem entre as públicas de Cuiabá. O objetivo é melhorar, por isso realizamos uma força tarefa, porque acreditamos no potencial dos alunos e eles demonstram muito interesse, nos pedem essa preparação”. 





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