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AGRICULTURA FAMILIAR
Quarta - 03 de Agosto de 2016 às 12:40
Por: Redação TA c/ Gcom - MT

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Foto: Ilustrar
No Assentamento Rural Raimundo da Rocha, localizado no Sítio Almeida no município de Nortelândia (253 km a Médio-Norte de Cuiabá), será realizada nesta quinta-feira (04.08), a partir das 8h30, a 2ª Visita Técnica Sobre Estratégias de Alimentação de Bovinos no Período da Seca. Serão debatidos os seguintes temas: silagem de cana, cana hidrolisada, pastejo diferido (feno em pé), semiconfinamento de gado de leite e outros.

O produtor rural Benedito Paulino de Almeida Costa e sua esposa, Maria Síria Correia, vão abrir as portas da propriedade de 19 hectares para mostrar o trabalho executado para manter a produção de leite no período da seca.

Nos últimos 18 meses, o técnico agropecuário da Empresa Mato-grossense de Pesquisa, Assistência e Extensão Rural (Empaer), Rafael de Assis Simões, desenvolve uma tecnologia em que o animal deve permanecer confinado no mesmo piquete, alguns animais após a ordenha, de 10 a 24 horas.


No Sítio foram construídos 30 piquetes para 27 vacas de leite e 16 em lactação, das raças Girolando e Holandesa. A produção chega a quatro mil litros de leite por mês. Rafael destaca que serão apresentadas estratégias para manter a produção de leite neste período com tecnologia para manter o animal saudável e produtivo. E será mostrado na prática como fazer silagem de cana-de-açúcar, hidrolisada e in natura com a dosagem correta de ureia e sulfato de amônia.


Ele explica que o pastejo diferido ou também denominado pastejo protelado ou produção de feno em pé, pode ser entendido como o adiamento do uso do pasto pelo animal. Com o diferimento da pastagem, selecionam-se determinadas áreas da propriedade e as excluem do pastejo, geralmente no fim do “período das águas”, como forma de garantir produção de forragem para ser pastejada durante o “período de seca”.


A produtora rural Maria Síria explica que na propriedade era utilizada apenas a cana-de-açúcar triturada para alimentar o gado e após a assistência do técnico da Empaer hoje são feitos vários processos e também o semiconfinamento. Esse sistema auxilia a manter a qualidade da vaca no período da seca. No período das chuvas são produzidos 190 litros de leite por dia, na seca a média atinge a 117 litros/leite. Conforme a produtora, pela primeira vez o preço do leite chegou a R$ 1,20 o litro, considerado um preço bom para comercializar o leite.

Segundo a produtora Maria, esse sistema de semiconfinamento e a utilização da cana-de-açúcar na alimentação melhorou a produção do leite. Ela espera que no período da seca a produção se mantenha. “Devido à grande estiagem nesse período, nunca vendemos o litro do leite por esse preço, estamos contentes e esperamos entregar uma boa quantidade para o laticínio de Arenapólis”, enfatiza.

A visita técnica vai contar com a participação de produtores de gado de corte e leite, estudantes, técnicos e outros. Rafael fala que vão participar produtores dos municípios de Diamantino, Alto Paraguai (Distrito de Capão Verde), Nortelândia, Arenápolis, Nova Marilândia, Denise, Nova Olímpia, Barra do Bugres, Porto Estrela e Nobres.  A visita técnica tem encerramento previsto para às 12h.




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