Famílias do MST ocupam fazenda em Rondonópolis
São aproximadamente 150 famílias que já instalaram barracas e tendas na área. Segundo a coordenadora estadual do MST, Idalice Nunes, o proprietário esteve no local juntamente com a Polícia Militar por volta das 7h. O momento foi de tensão, mas agora já está mais calmo.
As famílias que participaram da ocupação vieram de municípios da região sul do Estado, como Rondonópolis, São José do Povo, Pedra Preta e distritos vizinhos.
Para as lideranças do MST, a ocupação provém da concentração fundiária e da riqueza do Estado, além do desemprego que avança sobre os trabalhadores. A luta se torna necessária para que essas famílias tenham acesso à terra para produzir seu sustento.
A escolha da propriedade a ser ocupada parte de uma sondagem do grupo. Verifica-se a situação das área, a escolha é da que está aparentemente é improdutiva. Fazemos a ocupação, denunciamos e Incra que verifica se realmente é.
A medida é uma forma de pressionar o órgão para promover o assentamento das famílias, entretanto, a coordenadora denuncia uma demora nos procedimentos. Está demorando muito o Incra, que já foi mais rápido em dar resultado das áreas ou de indicar outra para as famílias ficarem aguardando.
Desde o dia 13 de julho cerca de 800 famílias estão acampadas na Fazenda Nossa Senhora Aparecida, no município de Jaciara, à 144 km de Cuiabá. Eles querem que a área seja destinada a reforma agrária, ao alegarem irregularidades de títulos e processo por crimes ambientais.
A juíza Adriana Santanna Coningham, da Vara Especializada de Direito Agrário, em Cuiabá, determinou a retirada das famílias em 10 dias. O Incra pediu prazo de 30 dias para identificar um novo local, mas foi negado. Na audiência de conciliação, marcada para esta segunda-feira ( 24), a coordenadora afirma que o movimento tentará sensibilizar a magistrada a estender o prazo.