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CIDADE
Terça - 11 de Agosto de 2015 às 08:24
Por: Da Redação TA c/ Assessoria

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 Após ser liberada a entrada de cachorro num shopping center de Cuiabá, muitas pessoas estão se questionando porque elas não podem levar seus cães ou gatos nos parques estaduais de Mato Grosso. Um dos motivos dessa proibição é destacado pelo coordenador de unidades de conservação e áreas protegidas da Secretaria de Estado de Meio Ambiente (Sema), Alexandre Batistella, é que esses parques são remanescentes do que foi o cerrado dentro da cidade. E neles há um fluxo grande da fauna silvestre, como a presença pássaros, cutias, tamanduás-mirins, répteis e anfíbios. A presença de cães ou gatos oferecem riscos a esses animais.

Dentre os riscos destacados por Alexandre estão: a caça dos animais silvestres e a transmissão de zoonoses. Ele acredita que é difícil saber se o proprietário do bicho é consciente. “Não da para controlar se o cão está com todas as vacinas em dias ou se ele está com a focinheira”. Outra preocupação do coordenador é com a sujeira que o animal de estimação pode fazer. “Parte dos usuários dos parques vem para praticar esporte, e ninguém quer pisar no presente de um cachorro, correto?”.

A liberação de animais não-silvestres também geraria impacto na manutenção dos parques. Segundo Batistella, a limpeza dos parques Massairo Okamura, Mãe Bonifácia e Zé Bolo Flô tem custo de cerca de R$ 2 milhões por ano. E se o proprietário do animal não for consciente, o Estado teria que contratar mais pessoas só para percorrer os parques para juntar coco dos animais de estimação. “Muitas pessoas comparam os parques de Mato Grosso com o Ibirapuera, de São Paulo. Mas a proposta do parque de São Paulo é diferente, pois foi projetado onde antes havia apenas uma área degradada. Já em Cuiabá, o que era cerrado foi conservado e se transformou em área de conservação”.

A restrição de animais domésticos em parques estaduais existe desde 2001, quando foi publicada a Portaria n° 49, da Sema. Para o coordenador, não há possibilidade da decisão ser revogada, tendo em vista que no dia 17 de janeiro deste ano foi publicada uma nova Portaria de nº 15, que trouxe a aprovação do plano de manejo dos parques. Junto dela há um estudo informando os riscos que os parques correm com a presença de animais não-silvestres. 




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