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Estado recebeu em maio desse ano o status de zona livre da peste suína clássica concedido pela OIE
Intensificação de ações permitiu a MT certificação internacional
Não se conquista nada sem luta. A soma de esforços e a dedicação das equipes do Instituto de Defesa Agropecuária do Mato Grosso (Indea-MT) garantiram ao 5º maior produtor de suínos do Brasil a certificação internacional de zona livre da peste suína clássica (PSC), status necessário e essencial para que produtores consigam maior visibilidade na comercialização da proteína animal e para que o estado obtenha ganhos econômicos por meio da política sanitária.
Neste mês, o Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa) publicou portaria reconhecendo o status sanitário, certificado em maio deste ano pela Organização Mundial de Saúde Animal (OIE), em Paris.
O trabalho desenvolvido pelo Indea contou com a parceria da Associação dos Criadores de Suínos (Acrismat). Já reconhecidos nacionalmente como livres da peste suína clássica pelo Mapa, Mato Grosso e outros 14 estados também obtiveram o reconhecimento junto a OIE. Para isso precisaram se adequar aos padrões mundiais exigidos pela organização.
“O reconhecimento internacional de livre de peste suína clássica chegou para mostrar que as ações do Indea, desenvolvidas pela Diretoria Técnica e Coordenadoria de Defesa Sanitária Animal em relação às vigilâncias ativa e passiva, são eficientes e que as unidades locais de execução nos 141 municípios do estado estão alertas e prontas para atender de forma rápida as notificações de suspeitas de doenças.
Investimos, principalmente, no material humano. O servidor é constantemente treinado e atualizado, o que garante mais segurança frente às notificações”, explica o coordenador de Defesa Sanitária Animal do instituto, João Marcelo Néspoli.
Reforço na vigilância
Atendendo às exigências do Mapa de reforçar o controle sanitário do rebanho suíno, o Indea instalou dois postos fiscais na divisa com o estado do Pará e uma operação constante de barreira volante com o Amazonas. “Montamos os postos porque esses dois estados não possuem o reconhecimento de área livre de PSC, nem em nível nacional e nem internacional Os postos de Vila Rica e Guarantã do Norte foram reativados e a barreira volante na região de Colniza for criada, pois o posto fiscal que lá existia ficava muito tempo intransitável.
Trata-se de uma ação obrigatória numa área de vulnerabilidade entre Mato Grosso, zona livre de PSC, e o Amazonas e o Pará, que são zonas não livres de PSC”, observa a médica veterinária Daniella Schettino, responsável pelo Programa Estadual de Sanidade Suídea do Indea.
Alimentação
A alimentação do rebanho suíno também é um importante ponto para garantir a qualidade da carne e o controle de doenças. “Quando se pensava em suíno, imaginava-se um porco cercado num quadrado de lama, onde só comia restos de comida. A suinocultura comercial hoje é muito bem estruturada, investe muito em tecnologia, sanidade animal, genética e agora também em bem estar.
Os suínos das granjas comerciais são alimentados com rações balanceadas, utilizando o milho e a soja como base da ração, além de todos os controles sanitários para dirimir verminoses que possam colocar em risco a saúde dos consumidores, pontua Daniella.
O Indea está presente em 141 municípios, dos quais 113 deles contam com médicos veterinários nos escritórios realizando todos os meses ações de vigilância ativa, fiscalização de propriedades rurais, vistorias e exames clínicos em suínos de criações de subsistência e granjas comerciais, com visitas direcionadas a tipos de riscos que possam existir para a peste suína clássica (PSC).
O Instituto de Defesa Agropecuária trabalha com ações de vigilância ativa, ou seja, quando o médico veterinário visita as propriedades sem ter sido notificado de suspeita de enfermidade animal, e vigilância passiva, quando o serviço veterinário oficial (SVO) é notificado de que em alguma propriedade existe animal enfermo.
“A PSC é uma dessas doenças de notificação obrigatória ao serviço veterinário oficial. E todo o serviço é voltado para esses dois tipos de vigilância, para debelar um foco, caso aconteça, ou para monitorar para não esperar que, caso tenhamos a doença, ela se alastre para outras propriedades, gerando transtornos para a sanidade animal e economia do estado. Assim, no caso da PSC, o Indea vem monitorando o rebanho suíno e já estamos livres dessa doença há mais de 20 anos”, ressalta João Marcelo.
Mercado
“Mato Grosso é um dos principais produtores de suínos do País e com esse reconhecimento internacional, a valorização da commoditie pode promover ainda mais a abertura de novos mercados para exportação permitindo que o estado possa concorrer de igual para igual com outros países que possuem o mesmo status sanitário”, conclui Daniella.
O diretor executivo da Acrismat, Custódio Rodrigues Júnior, lembra que a certificação é um pleito que vinha desde 2009. “A certificação permite acessar mercados para competir com aqueles países que já são considerados livres da peste suína, com os Estados Unidos, o Canadá e quase toda a Europa.
A partir do aumento da oferta por países e estados produtores considerados livres da doença, a certificação poderá passar a ser uma exigência, como ocorreu com aqueles que são livres de febre aftosa, para a compra de carne bovina”.
PESS
O Programa Estadual de Sanidade Suídea (PESS) foi instituído em Mato Grosso em 2006 para controle das criações de suínos em condições sanitárias adequadas com os padrões zootécnicos e dos procedimentos operacionais de qualidade, bem como, a promoção do bem-estar animal e atendimento às exigências dos consumidores nacionais e internacionais.
Entre os objetivos do programa estão a proteção da saúde dos animais, da saúde humana e do patrimônio genético do Estado de Mato Grosso; execução de forma continua das ações do Programa Nacional de Sanidade Suídea (peste suína clássica, doença de Aujeszky, brucelose, tuberculose, sarna, leptospirose) para granjas e o monitoramento e a certificação das mesmas, além de estabelecer medidas sanitárias para o reconhecimento e/ou manutenção do Estado como áreas livres de enfermidades infecto-contagiosas e parasitárias.
Neste mês, o Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa) publicou portaria reconhecendo o status sanitário, certificado em maio deste ano pela Organização Mundial de Saúde Animal (OIE), em Paris.
O trabalho desenvolvido pelo Indea contou com a parceria da Associação dos Criadores de Suínos (Acrismat). Já reconhecidos nacionalmente como livres da peste suína clássica pelo Mapa, Mato Grosso e outros 14 estados também obtiveram o reconhecimento junto a OIE. Para isso precisaram se adequar aos padrões mundiais exigidos pela organização.
“O reconhecimento internacional de livre de peste suína clássica chegou para mostrar que as ações do Indea, desenvolvidas pela Diretoria Técnica e Coordenadoria de Defesa Sanitária Animal em relação às vigilâncias ativa e passiva, são eficientes e que as unidades locais de execução nos 141 municípios do estado estão alertas e prontas para atender de forma rápida as notificações de suspeitas de doenças.
Investimos, principalmente, no material humano. O servidor é constantemente treinado e atualizado, o que garante mais segurança frente às notificações”, explica o coordenador de Defesa Sanitária Animal do instituto, João Marcelo Néspoli.
Reforço na vigilância
Atendendo às exigências do Mapa de reforçar o controle sanitário do rebanho suíno, o Indea instalou dois postos fiscais na divisa com o estado do Pará e uma operação constante de barreira volante com o Amazonas. “Montamos os postos porque esses dois estados não possuem o reconhecimento de área livre de PSC, nem em nível nacional e nem internacional Os postos de Vila Rica e Guarantã do Norte foram reativados e a barreira volante na região de Colniza for criada, pois o posto fiscal que lá existia ficava muito tempo intransitável.
Trata-se de uma ação obrigatória numa área de vulnerabilidade entre Mato Grosso, zona livre de PSC, e o Amazonas e o Pará, que são zonas não livres de PSC”, observa a médica veterinária Daniella Schettino, responsável pelo Programa Estadual de Sanidade Suídea do Indea.
Alimentação
A alimentação do rebanho suíno também é um importante ponto para garantir a qualidade da carne e o controle de doenças. “Quando se pensava em suíno, imaginava-se um porco cercado num quadrado de lama, onde só comia restos de comida. A suinocultura comercial hoje é muito bem estruturada, investe muito em tecnologia, sanidade animal, genética e agora também em bem estar.
Os suínos das granjas comerciais são alimentados com rações balanceadas, utilizando o milho e a soja como base da ração, além de todos os controles sanitários para dirimir verminoses que possam colocar em risco a saúde dos consumidores, pontua Daniella.
O Indea está presente em 141 municípios, dos quais 113 deles contam com médicos veterinários nos escritórios realizando todos os meses ações de vigilância ativa, fiscalização de propriedades rurais, vistorias e exames clínicos em suínos de criações de subsistência e granjas comerciais, com visitas direcionadas a tipos de riscos que possam existir para a peste suína clássica (PSC).
O Instituto de Defesa Agropecuária trabalha com ações de vigilância ativa, ou seja, quando o médico veterinário visita as propriedades sem ter sido notificado de suspeita de enfermidade animal, e vigilância passiva, quando o serviço veterinário oficial (SVO) é notificado de que em alguma propriedade existe animal enfermo.
“A PSC é uma dessas doenças de notificação obrigatória ao serviço veterinário oficial. E todo o serviço é voltado para esses dois tipos de vigilância, para debelar um foco, caso aconteça, ou para monitorar para não esperar que, caso tenhamos a doença, ela se alastre para outras propriedades, gerando transtornos para a sanidade animal e economia do estado. Assim, no caso da PSC, o Indea vem monitorando o rebanho suíno e já estamos livres dessa doença há mais de 20 anos”, ressalta João Marcelo.
Mercado
“Mato Grosso é um dos principais produtores de suínos do País e com esse reconhecimento internacional, a valorização da commoditie pode promover ainda mais a abertura de novos mercados para exportação permitindo que o estado possa concorrer de igual para igual com outros países que possuem o mesmo status sanitário”, conclui Daniella.
O diretor executivo da Acrismat, Custódio Rodrigues Júnior, lembra que a certificação é um pleito que vinha desde 2009. “A certificação permite acessar mercados para competir com aqueles países que já são considerados livres da peste suína, com os Estados Unidos, o Canadá e quase toda a Europa.
A partir do aumento da oferta por países e estados produtores considerados livres da doença, a certificação poderá passar a ser uma exigência, como ocorreu com aqueles que são livres de febre aftosa, para a compra de carne bovina”.
PESS
O Programa Estadual de Sanidade Suídea (PESS) foi instituído em Mato Grosso em 2006 para controle das criações de suínos em condições sanitárias adequadas com os padrões zootécnicos e dos procedimentos operacionais de qualidade, bem como, a promoção do bem-estar animal e atendimento às exigências dos consumidores nacionais e internacionais.
Entre os objetivos do programa estão a proteção da saúde dos animais, da saúde humana e do patrimônio genético do Estado de Mato Grosso; execução de forma continua das ações do Programa Nacional de Sanidade Suídea (peste suína clássica, doença de Aujeszky, brucelose, tuberculose, sarna, leptospirose) para granjas e o monitoramento e a certificação das mesmas, além de estabelecer medidas sanitárias para o reconhecimento e/ou manutenção do Estado como áreas livres de enfermidades infecto-contagiosas e parasitárias.
URL Fonte: https://toquedealerta.com.br/noticia/751/visualizar/