Deputado defende rádios comunitárias como fomento à cultura local
O parlamentar defende que o sistema de radiodifusão comunitária, que por natureza opera sem fins lucrativos em sua grade de programação, receba verba institucional destinada a programas voltados exclusivamente à cultura mato-grossense e, por conseguinte, à comunidade. “Proposição dessa natureza tramita no Senado da República, cujo teor permite que as emissoras de radiodifusão possam apresentar projetos para auferir incentivos junto à Lei Rouanet. E essa visão tem que ser entendida também como primordial em nossa política de incentivos à difusão cultural, nas emissoras comunitárias”, justificou Botelho.
Segundo o deputado, as rádios comunitárias são a expressão social dos membros de uma comunidade, onde são partilhados interesses em comum. Estas rádios são um tipo especial de emissora sonora em FM, sem fins lucrativos, com potência restringida a 25 watts e alcance limitado a, no máximo, 1 Km.
No entanto, o custo operacional é alto. Aluguel, energia, telefone, reposição de equipamentos, salários dos operadores e apresentadores. “As rádios necessitam de apoio do governo estadual para que possam regulamentar e assegurar, dentro de projetos de lei, a disponibilidade da liberação de porcentagens financeiras para dar sustentabilidade a este meio de comunicação”, ressaltou o deputado.
RÁDIOS COMUNITÁRIAS
Mato Grosso conta com 95 rádios comunitárias regularizadas, segundo a Abraço. Só em Cuiabá, são quatro, presentes nos bairros CPA 2, Centro, Coxipó e Coophamil. No município vizinho, Várzea Grande, são três emissoras. Todas funcionam na mesma frequência: 105,9. Os primeiros transmissores foram colocados no ar em 1996, em Cáceres, Várzea Grande, Vila Rica, Jaciara e Dom Aquino.