Recuperandas assistem espetáculo do grupo Flor Ribeirinha
A diretora da unidade prisional, Gisela da Silva Araújo, explica que o apoio do judiciário foi fundamental. “A ação só foi possível por conta da autorização do juiz Fidelis, que também recepcionou as recuperandas no teatro e assistiu a apresentação”.
A presença das mulheres no espetáculo é o resultado da parceria entre Fundação Nova Chance (Funac), vinculada a Secretaria de Estado de Justiça e Direitos Humanos (Sejudh), e a Companhia de Teatro Cena Onze, que ofertou os ingressos e o ônibus para o traslado.
“Precisamos olhar para todos os aspectos quando queremos reinserir uma pessoa à sociedade, e por isso a questão cultural também é importante. Percebemos que as reeducandas também valorizam essa oportunidade”, pontuou Gisela Araújo.
As apresentações do espetáculo Nandaia de 26 a 28 de junho tinham por objetivo principal arrecadar fundos para que o grupo Flor Ribeirinha possa representar o Brasil em Festivais Internacionais de Folclore na Itália, além de realizar uma nova turnê pelo país.
No conhecimento popular dos ribeirinhos, atrelado à herança dos índios coxiponés, Nandaia significa "pássaro", que se tornou um hino nas composições da música e dança do Siriri.
Novos horizontes
A Fundação Nova Chance (Funac) e a Companhia de Teatro Cena Onze preparam um curso de artes cênicas que será ministrado para as internas do presídio feminino. Só terão direito a participar das aulas as reeducandas com bom comportamento, que nunca tiveram alterações, já cumpriram uma fração da pena, estudam e trabalham dentro e fora da unidade.