Um grupo de amigos, moradores de Chapada dos Guimarães (64 km de Cuiabá), comemorou, de forma irônica, a entrega do Complexo da Salgadeira, prevista para acontecer ontem
Salgadeira faz mais um ano que esta fechada
No local devem ser realizadas duas frentes de serviço, sendo uma civil e outra ambiental. O consórcio responsável pela obra já solicitou um aditivo de R$ 1,7 milhão para a conclusão do projeto, que está orçado em R$ 6,37 milhões.
No ano passado, a extinta Secretaria de Desenvolvimento do Turismo (Sedtur), alegou que o atraso foi resultante da demora na liberação da verba assegurada pelo Bando Nacional do Desenvolvimento Econômico e Social (BNDS) e da falta de licença ambiental para atuar na área.
Ontem, data que previa a inauguração da obra, moradores se reuniram na área para ironizar o dia. O ambientalista Paje Xamaluz, 40 anos, organizador do ato, explicou que a situação é um descaso com toda a população que está privada de usar a área. “É um descaso total, conheci a área há 15 anos numa beleza sem igual. Hoje, já não temos mais a oportunidade de vivenciar momentos, seja de lazer ou de contemplação”, lembrou.
O potencial turístico que Chapada traz aos visitantes, apesar de ser imenso, acaba abalado pelas estruturas precárias e não finalizadas que são vistas por lá. Na próxima sexta-feira (12), o consórcio responsável pela área e técnicos da secretaria-adjunta de Turismo, que compõem a Secretaria de Desenvolvimento Econômico, devem se reunir para definir um novo cronograma de obras.
Uma auditoria feita no contrato da obra apontou o que deve ser feito para que a obra tenha um fim. Mesmo sem uma data concreta, a expectativa é de que só seja finalizada no próximo ano. Os trabalhos na Salgadeira foram iniciados em janeiro de 2014. Havia uma expectativa de que o local fosse reaberto durante a Copa do Mundo, mas não teve jeito. Anteriormente, o local estava fechado por determinação da Justiça.
A revitalização do espaço prevê a construção e sinalização de novas trilhas, restaurantes, lojas de artesanatos, centro de interpretação turística e outros. O complexo representa uma área de 2,8 mil m², sendo que dois hectares são de áreas degradadas.
Não se sabe ainda o futuro da Salgadeira. Há uma discussão de que as áreas degradadas devem ser avaliadas e preservadas. Para isso, o banho nas águas locais poderá ser banido.