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CIDADE
Segunda - 01 de Junho de 2015 às 08:52
Por: A Gazeta

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 O ex-deputado estadual José Geraldo Riva (PSD) completa nesta segunda-feira 100 dias preso no Centro de Custódia de Cuiabá,  em decorrência da Operação Imperador, deflagrada no dia 21 de fevereiro pelo Grupo de de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco).

Riva é apontado como chefe de um esquema criminoso que consistia na realização de licitações fraudulentas de materiais gráficos, que eram faturados, cobrados, mas não realizados. As investigações revelam que o esquema teria desviado mais de R$ 60 milhões da Assembleia Legislativa, Poder que foi presidido por Riva por diversas vezes.

Parte desse dinheiro voltava para empresas de fachada e parte era desviada dos cofres públicos pelo ex-deputado, segundo a acusação do Ministério Público Estadual (MPE).O ex-parlamentar já teve diversos pedidos habeas corpus negado pela Justiça. Na semana passada, Rodrigo Mudrovitsch e Valber Melo, que patrocinam a defesa do ex-deputado, pediram a revogação da prisão, após depoimento de quatro testemunhas.

Na ocasião, prestaram depoimentos os deputados Guilherme Maluf (PSDB), atual presidente da Assembleia Legislativa, Romoaldo Júnior (PMDB) e Mauro Savi (PR), que estiveram na Mesa Diretora na legislatura passada, e também o conselheiro do Tribunal de Contas do Estado (TCE), Sérgio Ricardo.

As testemunhas foram ouvidas pela juíza da 7ª Vara de Combate ao Crime Organizado, Selma Rosane Santos Arruda. Todos os depoentes foram unânimes em afirmar que a demanda de material de expediente na Assembleia sempre foi muito grande, porque a Casa atenderia prefeitos, vereadores, eleitores. Também negaram que tenha havido falta de materiais nos gabinetes durante a gestão de Riva.

Após as oitivas o Ministério Público pediu vistas do processo para emitir parecer dentro de cinco dias, quando então a juíza decidida sobre a liberdade de Riva. A defesa argumenta que o ex-parlamentar não oferece risco às audiências de instrução e quase todas as testemunhas já foram ouvidas. Nova audiência deve ouvir os deputado Wagner Ramos (PR) e Pedro Satélite (PSD), no dia 9 de junho.





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