Segundo responsável pelo relatório, Pedro Afonso Almeida, foi realizada uma avaliação verificando a segurança e a durabilidade através de provas de cargas e testes laboratoriais. Foi concluído que as obras precisam de investimentos anuais na manutenção. Em valores, Pedro Almeida afirmou que o Estado deve investir 1% do valor das obras para realizar manutenções.
O engenheiro conta que foi criada uma certificação teórica-experimental para avaliação das obras. Em seguida foi elaborado um relatório apresentando a forma de manutenção de cada uma das intervenções.
“Nossa avaliação foi visando a estabilidade das obras e a durabilidade. Nós verificamos que as obras têm robustez, mas têm defeitos de projetos e de construção. Para que elas tenham a durabilidade prevista é preciso que esses defeitos sejam mitigados e em seguida seja realizado um programa de manutenção”, afirmou.
Segundo o secretário Eduardo Chiletto, as inconformidades de construção encontradas deverão ser sanadas pelas empresas construtoras. “O que foi mostrado é que, em geral, essas obras precisam de manutenção de dois em dois anos. Mas, precisamos terminar as obras com qualidade”, disse.
Chiletto ressaltou que os problemas de drenagem de algumas obras estão sendo estudados pela Secid. “Caso esteja em desconformidade com o projeto e a licitação nós vamos cobrar. Em caso contrário, cabe ao Estado fazer essa manutenção para que a obra dure os 100 anos”, contou.
Obras retomadas
O Governo do Estado anunciou que vai retomar a partir de junho as obras de mobilidade urbana da Copa do Mundo. Ao todo, 14 construções estão previstas para serem finalizadas entre 2015 e 2016. Para este ano, 10 obras devem ser entregues até outubro. Com base em cronograma de execução elaborado pela Secretaria de Estado das Cidades (Secid), as pastas de Fazenda (Sefaz) e de Planejamento (Seplan) concluíram os estudos para disponibilização dos valores.
De acordo com o secretário Paulo Brustolin, titular da Sefaz, a Secid está habilitada para dar as ordens de serviços necessárias e estabelecer os cronogramas de pagamentos de acordo com as entregas e medições. “Estamos fazendo um esforço imenso, do ponto de vista financeiro e orçamentário, para disponibilizar os recursos necessários, principalmente tendo em vista que as obras impactam diretamente a vida das pessoas. O fato de não estarem concluídas ou apresentarem necessidades para sua conclusão tem impacto no dia a dia da população, então o Governo do Estado está concentrado em solucionar isso”, afirma Brustolin.
Segundo o secretário Marco Marrafon, da Seplan, inicialmente serão disponibilizados R$ 50 milhões para retomada das obras de mobilidade urbana. Ele ainda reforça que a liberação do valor é fruto de esforços do governo estadual tanto no que se refere a corte de gastos e ainda na ampliação das políticas para aumento de recursos. “A expectativa é de que cada vez mais os valores sejam angariados e investidos na realização de obras e desenvolvimento de políticas urbanas que reflitam em melhorias para a sociedade”.