Categorias anunciam paralisação geral em Mato Grosso
Além do Detran, outros órgãos do governo estão em situação de greve. O setor de viagens da Secretaria de Meio Ambiente (Sema) está paralisado desde o dia 8 deste mês e não tem previsão de quando irá voltar às atividades. Eles reivindicam pelo aumento orçamentário das diárias de campo.
Quem também analisa entrar em greve são os servidores da Companhia Matogrossense de Mineração (Metamat) e do Centro de Processamento de Dados (Cepromat), ambos reivindicam por perdas ilegais do orçamento e reajuste salarial não firmado pelo governo. Funcionários dos dois órgãos farão assembleia geral ainda esta semana para decidir quais rumos terão.
Docentes da Universidade Federal de Mato Grosso (UFMT) e da Universidade Estadual de Mato Grosso (UNEMAT), juntamente com os servidores do Detran e médicos de Cuiabá, irão fazer uma manifestação na tarde desta sexta-feira (29) na praça Alencastro, em Cuiabá, para aderir a paralisação nacional contra a PEC 664 e 665, que interfere nos direitos trabalhistas.
Conforme publicado na rede social do Sindicato dos Médicos (Sindimed), a categoria reivindica contra a terceirização dos trabalhadores do país e também exigem melhoras ao atendimento dos pacientes do Sistema Único de Saúde (SUS), além da reposição integral do INPC que totaliza 6,22%.
O mesmo se dá aos funcionários do Detran. Segundo a presidente do sindicato (Sinetran), Daiane Renner, a paralisação será de 24 horas. Ela também destacou que o movimento visa chamar a atenção do governo do Estado, quanto ao não pagamento integral do INPC. “Nós não aceitamos a proposta do governo pagar somente a metade da reposição do INPC e o restante para novembro. Por isso vamos paralisar para tentar forçar a abertura do diálogo, pois o governo não se manifestou até o momento”, disse.
Tanto as atividades do Dentran, quanto das unidades de saúde da Capital, voltarão normalmente a partir de segunda-feira (1º). Já os professores da UFMT continuarão a greve por tempo indeterminado. Em decisão feita entre todas as universidades do país, a instituição aderiu a paralisação nacional em busca de melhorias estruturais, aumento de repasse orçamentário e da contratação de mais docentes e servidores técnicos-administrativos.
Segundo o diretor de imprensa da Associação dos Docentes da Universidade Federal de Mato Grosso (Adufmat), Evandro Aparecido Soares da Silva, a UFMT passa por um momento crítico pela falta de assistência por parte do governo federal. “A crise financeira evidencia o corte de bolsas, de verbas de custeio e na falta de pagamento dos trabalhadores terceirizados na impossibilidade total de funcionamento regular. E isso afeta não só aqui na universidade do Estado, mas de todo o país”.
Como na rede federal, osprofessores da Unemat também vão paralisar. A categoria dará início à greve geral a partir do dia 1º. Conforme a tesoureira da Associação dos Docentes da Unemat (Adunemat), Leni Hack, a proposta apresentada pel governo referente ao parcelamento da Revisão Geral Anual (RGA) somado em 6,22%, de 2014. A categoria alega o descumprimento da Lei N° 8.278, de 30 de dezembro de 2004, que garante o pagamento integral do valor no mês de maio. “A Lei fala que as correções precisam ser feitas no mês de maio. Não podemos aceitar que o governador não cumpra a Lei, ele que já foi Procurador- Geral da República e se diz um cumpridor da lei”, critica Hack.
Desde a madrugada desta quinta-feira (28), toda a frota de ônibus da Grande Cuiabá está paralisada por tempo indeterminado. Segundo o Sindicato dos Motoristas (STETTCR), trabalhadores não aceitaram o reajuste de 8,34%, oferecido pelas instituições. Conforme o sindicato, um dos pontos exigidos pela classe é o aumento salarial de 20% para os motoristas e 10% para os demais servidores; reajuste de 50% do valor sobre o ticket de alimentação; e aumento na comissão aos motoristas que também exercem como cobradores de ônibus, de R$ 200 para R$ 250.