Famílias terão que desocupar área em 30 dias em Chapada
O grupo de aproximadamente 100 pessoas fechou os dois sentidos da via e gerou um congestionamento de quase 3 km. Eles reivindicavam o ligamento da água, cortada há sete dias por determinação da prefeitura de Chapada, e tentavam inibir a visita de funcionários do Serviço Autônomo água e Esgoto (SAAE), que fariam a retirada dos cavaletes de água.
Segundo o procurador de Chapada dos Guimarães, Jair Klasner, o terreno pertence ao município e está sendo alvo de comercialização da área pública feita por terceiros, de forma ilegal. “Nós não podemos incentivar fazendo ligações de água”.
Ao todo 150 pessoas residem no local, que segundo um dos representantes do grupo Adson Souza, há quatro anos teria sido ‘doada’ pelo ex-prefeito, Flávio Daltron. Entretanto, a transferência não é reconhecida pela gestão atual. Mesmo irregular, nos últimos anos o assentamento esteve ligado à rede de abastecimento de água da cidade e de distribuição de energia elétrica.
Conforme um estudo social das famílias invasoras, a maioria delas não está em situação de vulnerabilidade social, e deverão deixar o local pacificamente. Diante do acordo, a magistrada determinou o restabelecimento da água por um mês. Vencido esse prazo, não apenas será suspenso o abastecimento de água como também haverá o corte da distribuição de energia elétrica.
A prefeitura se comprometeu a deixar à disposição dos ocupantes o Serviço de Ação Social para, havendo necessidade, promover a realocação provisória das famílias realmente necessitadas. O município também irá auxiliar no transporte de bens pessoais dos desocupantes para o local indicado pelo Município e até mesmo no fornecimento de condições básicas de acomodação e alimentação.