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CIDADE
Quinta - 14 de Maio de 2015 às 13:21
Por: Da Redação TA c/ Assessoria

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 A escassez de água no planeta, sua distribuição desigual e o uso desordenado dos recursos hídricos têm suscitado intenso debate sobre a necessidade de seu uso racional pelas populações do mundo todo. Pois bem, como um alerta, a arte pode ser um efetivo instrumento de conscientização, tomando como ponto de partida a beleza que se tem e os danos que se acumulam.

E é para retratar esse panorama que o Museu de Arte de Mato Grosso lança mão da produção fotográfica em sua nova exposição. “Água de Viver” abre no dia 14, às 19 horas, para revelar os olhares de importantes nomes da fotografia brasileira, radicados em Mato Grosso: Mario Friedlander, José Medeiros e Izan Petterle, sobre a temática.

Em suas obras, Izan revela a diversidade do uso desse bem natural, por pescadores em suas embarcações, animais e rituais, entre outros em preto e branco. As imagens foram clicadas em diversos lugares do Brasil como Tocantins, Rio de Janeiro, Mato Grosso, Alagoas e Maranhão.

Enquanto isso, José Medeiros apresenta em um primeiro momento o rio Cuiabá sendo degradado e poluído; representado por um mosaico de fotos que contém objetos que foram jogados no rio. Em um segundo momento, ele revela a água sendo utilizada de forma correta e natural, por povos indígenas das etnias ikpeng e enawenê-nawê, do Médio Xingu. Medeiros também aposta na técnica de sobreposição de fotos.

Por fim, Mario Friedlander apresenta fotografias aéreas da água na natureza, ora em equilíbrio, ora em estado de degradação sobre os efeitos do garimpo no pantanal em Poconé (MT), desvio do curso de rios e o avanço do desmatamento sobre áreas naturais, entre outros. Suas fotografias, a maioria em plano aberto, trazem também uma peculiaridade da água em diversos lugares do Brasil como Amazonas, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul e Rondônia, e em áreas de fronteira com Paraguai e Bolívia.

Ao todo, 53 imagens tomam os espaços do museu, em suportes e formas distintas. Os belos ou alarmantes cenários estão retratados também em adesivos, lonas e duas instalações.

De acordo com a diretora executiva do museu, Viviene Lozi, no projeto de ocupação, tudo foi explorado. “Procuramos consolidar a criação em suportes e ambientes diferentes, utilizando salas, chão, teto, corredores, paredes de escadas e recepção, janelas e piscina na parte externa, integrados à exposição e, ao mesmo tempo, os ambientes foram organizados para obter a privacidade ou a neutralidade imprescindível para as obras fotográficas expostas”.

Com esta exposição, a diretora do museu espera estimular reflexão sobre a importância de tratar esse recurso natural "com o carinho e o respeito merecidos, considerando a água, o sangue da vida”. Segundo ela, a curadoria é coletiva e conta com a participação dos três fotógrafos e da equipe do Museu de Arte de Mato Grosso.

Vale ressaltar, a mostra foi viabilizada graças à sensibilidade de apoiadores que acreditaram na realização deste projeto, como a CAB Cuiabá, a Plaenge, a Associação Casa de Guimarães, a Sala da Mulher da Assembleia Legislativa e a Secretaria de Estado de Cultura, Esporte e Lazer de Mato Grosso.




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