Dnit deve sinalizar rodovia que atravessa terra indígena em Mato Grosso
A recomendação foi expedida depois da audiência pública realizada em Comodoro para discutir as reivindicações indígenas. Estavam presentes os procuradores da República Ana Carolina Haliuc Bragança e Thiago Augusto Bueno; o coordenador regional da Funai em Cuiabá, Benedito Cesar Garcia Araújo; o inspetor-chefe da Delegacia de Polícia Rodoviária Federal de Pontes e Lacerda, Ailton Antonio da Silva e representantes da etnia indígena Nambikuara, liderados pelo presidente da Associação Haiyo, Mané Manduca.
Sobre os perigos que a BR 174 sem sinalização, a comunidade indígena relatou o ocorrência frequente de acidentes envolvendo pessoas e atropelamentos de animais silvestres que atravessam a rodovia que corta a terra Vale do Guaporé, entre Nova Lacerda e Comodoro. O superintendente regional do Dnit em Mato Grosso tem 30 dias para responder se vai acatar a recomendação feita pelo Ministério Público Federal.
Alimentação precária
Outra situação grave relatada pelos indígenas foi a falta de alimentos para a comunidade. Uma das alternativas apresentadas pelos próprios indígenas foi a retomada da parceria entre a Funai e a prefetura municipal de Comodoro para o plantio de arroz e outros gêneros alimentares no interior da terra indígena para a subsistência.
Para tratar dessa situação, o Ministério Público Federal recomendou que a prefeitura e a Funai adotem as medidas para que a parceria entre as instituições seja retomada. As duas instituições devem responder ao MPF, em dez dias, se acatarão a recomendação.