Assembleia Legislativa abre exposição pelo Dia do Índio
Para a coordenadora do Museu da Pré-História Casa Dom Aquino, Suzana Hirooka, há oito anos o Dia do Índio em Mato Grosso, até então, era uma data inexpressiva, apesar de o Estado ter grande importância no que diz respeito às pesquisas etnológicas, já que no território mato-grossense há 42 etnias, com mais de 25 mil índios.
Felizmente, neste período tivemos um progresso salutar, visto que os índios estão mais inteirados. Tem acesso a saúde, educação e representação política para lutar pelos seus direitos. É algo natural uma vez que a cultura não pode ser encarada como algo estático, pois a evolução é necessária para a sobrevivência de grupos humanos. O índio necessita de ter uma oca, mas também de internet. Do direito à caça, mas também de uma aposentadoria. E essa exposição traz um pouco dessa cultura de antes até os dias de hoje”.
Neste sentido, Suzana afirma que a necessidade do Estado é de fazer o tombamento deste patrimônio indígena, tanto dos bens materiais como imateriais. “Para preservamos a cultura, os rituais, os territórios, entre outros”, completa.
As 40 fotos expostas são de um projeto do fotógrafo e turismólogo Vilson de Jesus, servidor da Assembleia Legislativa, em visita ao povo Wuará, das terras do Xingu.
Ele explica que foi convidado no ano passado para fazer registro de um trabalho de mestrado na área de Antropologia, registrando o repasse de conhecimentos dos anciões aos jovens índios.
Na oportunidade, ofereci um work shop de fotografia aos índios. Há algumas fotos nessa exposição que foram registradas por eles, ao final do curso. Foi um trabalho de 15 dias em que visitei a aldeia em dois momentos”, afirma Vilson.
A responsável pelo Instituto Memória, Ísis Catarina, destacou que a continuidade das ações culturais da Assembleia Legislativa foi um pedido do atual presidente, deputado Guilherme Maluf (PSDB).
“É claro que não poderíamos deixar de comemorar e lembrar essa data, refletindo como estão nossos índios nos dias de hoje. Agradecemos a parceria com o Museu de Pré-História, que contribuiu com a exposição a partir de artefatos e artesanatos. E também ao o trabalho do nosso colega Vilson de Jesus, que conseguiu captar a essência e momentos ímpares vividos por esse povo”, destaca Ísis Catarina.