Estado faz devassa em contratos milionários
Desde o início este ano a CGE recebeu a incumbência do governador Pedro Taques (PDT) de verificar a legalidade das contratações realizadas pela gestão do ex-governador Silval Barbosa (PMDB), suspensos pelo Decreto n.° 02, em janeiro, por noventa dias. As comissões também têm como principal finalidade ajudar os secretários a alcançar a meta de redução de gastos, coordemda pelo secretário de Fazenda, Paulo Brustolin. Em reunião com os gestores, Brustolin solicitou cortes nos gastos de pelo menos 20%.
No caso do GCom, a comissão tem prazo de atuação estimado em 30 dias. Para o trabalho, o secretário de Comunicação, Jean Campos, escalou os servidores Maria Carvalho Neta, Flavilson Luíz Ourives e Carlos Alberto Ramsay Garcia.
Embora os trabalhos não estejam voltados para especificamente à procura de irregularidades, mas de possibilidades de economia, vale lembrar que entre os contratos a serem analisados estão os que envolvem a Gráfica Defanti, um dos principais alvos da Operação Edição Extra, deflagrada em dezembro do ano passado, após três anos de investigação.
Conforme a Delegacia Especializada em Crimes Fazendários e Contra a Administração Pública (Defaz), o esquema do grupo de gráficas combinava quem iria vencer os lotes licitados no Estado. As fraudes podem chegar ao valor de R$ 40 milhões.
Já no Intermat, sob administração da ex-deputada Luciane Bezerra (PSB), os trabalhos das servidoras Simone Maciel da Cruz e Laura Arruda devem ser realizados nos próximos quatro dias, a contar da data da publicação no Diário Oficial do Estado (DOE).
Comissões com o mesmo objetivo foram criadas em outros órgãos, como as secretarias de Planejamento, Meio Ambiente e a Casa Civil.