Toque de Alerta - toquedealerta.com.br
Transportadores endurecem e ameaçam ampliar bloqueio da 163
Caminhoneiros, empresários do setor de transportes e produtores rurais endureceram o protesto na BR-163 e bloquearam um novo ponto da rodovia na região de Sorriso (420 km ao Norte de Cuiabá), nesta quarta-feira (18) .
Eles ameaça ainda fazer o bloqueio total dos atuais três pontos da BR e mais dois trechos - sendo um em Sinop (419,75 km ao Norte de Cuiabá) e Rondonópolis (183,73 km ao Norte) - a partir da sexta-feira (20).
O bloqueio no Km 686, no perímetro urbano de Lucas do Rio Verde (354 km ao Norte), e no Km 593, em Nova Mutum (264 km ao Norte), foi iniciado na manhã de hoje, em protesto pelo reajuste no preço do óleo diesel e pelos baixos preços do frete.
As regiões são as maiores produtores do Estado de Mato Grosso.
“Com nosso bloqueio, atingimos de 70% a 80% do escoamento da produção agrícola do Estado”, afirmou Miguel Mendes, diretor executivo da Associação dos Transportadores de Cargas de Mato Grosso (ATC).
Segundo Mendes, a principal reivindicação é a redução do Imposto obre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS) do óleo diesel, dos atuais 17% para 12%, visto que os transportadores estão “dando carona para a carga”.
“Subiu duas a três vezes o preço do óleo diesel e a tarifa do frete, na mesma semana, recuou. Isso deixou todos do setor muito revoltados, porque não conseguimos passar a alta do combustível, que hoje consome 50% do faturamento do transporte, para o preço do frete”, disse ele.
Por isso, a categoria exige uma reunião com o governador Pedro Taques (PDT), para que sejam discutidos a redução do Imposto obre Circulação de Mercadorias e Serviços do óleo diesel e sobre uma tabela fixa para a cobrança do frete.
“Nós estamos tentando uma agenda com o governador para a sexta-feira. Queremos expor nossos problemas para ele. Se tivermos esses dois itens atendidos, já suspenderemos o movimento. Mas estamos aguardando um posicionamento”, afirmou.
Conforme Mendes, a tabela fixa para a cobrança de frete é baseada na tabela definida pela Secretaria de Fazenda do Estado (Sefaz) para a cobrança do ICMS do transporte.
Isto porque as tradings (empresas intermediadoras nas negociações comerciais, principalmente de commodities agrícolas no Estado) e as agenciadoras de cargas estão praticando valores muito abaixo da Lista de Preços Mínimos de Fretes, instituída pela Sefaz.
Segundo ele, a categoria criou um balizador do custo do frete que apontava os valores do custo de cada trecho e os empresários tinham como referência na hora de definir o preço do frete. “A partir desse valor, ele negociaria o que seria aplicado”, explicou.
Contudo, as tradings não aceitaram negociar conforme o valor previamente estabelecido e formaram um “verdadeiro cartel” para realizar o escoamento da produção do Estado
“Aí a transportadora tinha que optar: ou ela perdia o cliente ou aceitava as condições da trading, e elas foram obrigadas a aceitar porque a maior parte da produção agrícola está nas mãos de 10 grandes tradings que comercializam toda a safra agrícola aqui no Estado”, disse.
E a situação foi ainda mais agravada devido à redução, no ano passado, da taxa de juros na compra de caminhões que chegou a 2,5% ao ano bem como a isenção do IPI dos caminhões, que estimulou a compra do veículo.
“Até quem não é do ramo acabou comprando o veículo como investimento. Ficou muito atrativo para quem não era do setor entrar no setor e isso fez com que a grande oferta dos caminhões, já no segundo semestre, pressionasse os valores do frete para baixo”, afirmou.
Por isso, o setor exige uma tabela para a cobrança de frete que, caso desrespeitada pelas tradings, ocasionará na perda dos incentivos fiscais junto ao Estado e a suspensão de suas respectivas inscrições estaduais.
“Queremos que o Governo regule o próprio mercado com essa lista que já existe para que nenhuma trading comercialize o frete no Estado abaixo desse valor estabelecido. Precisamos disso, pois estamos em um verdadeiro apagão logístico aqui no Estado. Um colapso financeiro das empresas, levando muitas à falência também, porque este é um mercado que não tem regras”, disse Mendes.
Bloqueios
Conforme Miguel Mendes, o bloqueio aconteceu na manhã de hoje, das 8h às 11h, e foi retomado das 13h e segue até às 18h. A previsão é de que nesta quinta-feira (19) o mesmo aconteça.
“Os manifestantes estão parando os caminhões e explicando aos caminhoneiros o motivo do movimento, o motorista fica parado até liberamos para seguir viagem e seguimos com o bloqueio de novo”, esclareceu.
Já na sexta-feira deve ocorrer o bloqueio total. “Aí não vamos deixar ninguém passar e assim vai seguir até nos atenderem”, afirmou.
As principais transportadoras do Estado já estão orientando os caminhoneiros a não seguirem à região Médio-Norte. “Se seguirem vão ficar parados na rodovia. Todos nós estamos sofrendo muito com a atual situação em Mato Grosso”, finaliza.
Eles ameaça ainda fazer o bloqueio total dos atuais três pontos da BR e mais dois trechos - sendo um em Sinop (419,75 km ao Norte de Cuiabá) e Rondonópolis (183,73 km ao Norte) - a partir da sexta-feira (20).
O bloqueio no Km 686, no perímetro urbano de Lucas do Rio Verde (354 km ao Norte), e no Km 593, em Nova Mutum (264 km ao Norte), foi iniciado na manhã de hoje, em protesto pelo reajuste no preço do óleo diesel e pelos baixos preços do frete.
As regiões são as maiores produtores do Estado de Mato Grosso.
“Com nosso bloqueio, atingimos de 70% a 80% do escoamento da produção agrícola do Estado”, afirmou Miguel Mendes, diretor executivo da Associação dos Transportadores de Cargas de Mato Grosso (ATC).
Segundo Mendes, a principal reivindicação é a redução do Imposto obre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS) do óleo diesel, dos atuais 17% para 12%, visto que os transportadores estão “dando carona para a carga”.
“Subiu duas a três vezes o preço do óleo diesel e a tarifa do frete, na mesma semana, recuou. Isso deixou todos do setor muito revoltados, porque não conseguimos passar a alta do combustível, que hoje consome 50% do faturamento do transporte, para o preço do frete”, disse ele.
Por isso, a categoria exige uma reunião com o governador Pedro Taques (PDT), para que sejam discutidos a redução do Imposto obre Circulação de Mercadorias e Serviços do óleo diesel e sobre uma tabela fixa para a cobrança do frete.
“Nós estamos tentando uma agenda com o governador para a sexta-feira. Queremos expor nossos problemas para ele. Se tivermos esses dois itens atendidos, já suspenderemos o movimento. Mas estamos aguardando um posicionamento”, afirmou.
Conforme Mendes, a tabela fixa para a cobrança de frete é baseada na tabela definida pela Secretaria de Fazenda do Estado (Sefaz) para a cobrança do ICMS do transporte.
Isto porque as tradings (empresas intermediadoras nas negociações comerciais, principalmente de commodities agrícolas no Estado) e as agenciadoras de cargas estão praticando valores muito abaixo da Lista de Preços Mínimos de Fretes, instituída pela Sefaz.
Segundo ele, a categoria criou um balizador do custo do frete que apontava os valores do custo de cada trecho e os empresários tinham como referência na hora de definir o preço do frete. “A partir desse valor, ele negociaria o que seria aplicado”, explicou.
Contudo, as tradings não aceitaram negociar conforme o valor previamente estabelecido e formaram um “verdadeiro cartel” para realizar o escoamento da produção do Estado
“Aí a transportadora tinha que optar: ou ela perdia o cliente ou aceitava as condições da trading, e elas foram obrigadas a aceitar porque a maior parte da produção agrícola está nas mãos de 10 grandes tradings que comercializam toda a safra agrícola aqui no Estado”, disse.
E a situação foi ainda mais agravada devido à redução, no ano passado, da taxa de juros na compra de caminhões que chegou a 2,5% ao ano bem como a isenção do IPI dos caminhões, que estimulou a compra do veículo.
“Até quem não é do ramo acabou comprando o veículo como investimento. Ficou muito atrativo para quem não era do setor entrar no setor e isso fez com que a grande oferta dos caminhões, já no segundo semestre, pressionasse os valores do frete para baixo”, afirmou.
Por isso, o setor exige uma tabela para a cobrança de frete que, caso desrespeitada pelas tradings, ocasionará na perda dos incentivos fiscais junto ao Estado e a suspensão de suas respectivas inscrições estaduais.
“Queremos que o Governo regule o próprio mercado com essa lista que já existe para que nenhuma trading comercialize o frete no Estado abaixo desse valor estabelecido. Precisamos disso, pois estamos em um verdadeiro apagão logístico aqui no Estado. Um colapso financeiro das empresas, levando muitas à falência também, porque este é um mercado que não tem regras”, disse Mendes.
Bloqueios
Conforme Miguel Mendes, o bloqueio aconteceu na manhã de hoje, das 8h às 11h, e foi retomado das 13h e segue até às 18h. A previsão é de que nesta quinta-feira (19) o mesmo aconteça.
“Os manifestantes estão parando os caminhões e explicando aos caminhoneiros o motivo do movimento, o motorista fica parado até liberamos para seguir viagem e seguimos com o bloqueio de novo”, esclareceu.
Já na sexta-feira deve ocorrer o bloqueio total. “Aí não vamos deixar ninguém passar e assim vai seguir até nos atenderem”, afirmou.
As principais transportadoras do Estado já estão orientando os caminhoneiros a não seguirem à região Médio-Norte. “Se seguirem vão ficar parados na rodovia. Todos nós estamos sofrendo muito com a atual situação em Mato Grosso”, finaliza.
URL Fonte: https://toquedealerta.com.br/noticia/9888/visualizar/