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Marina e Agronegócio: mais convergência que divergência
Estou acompanhando na mídia a repercussão do setor agronegócio sobre a candidatura à presidência da ex-senadora Marina Silva. No dia 20 de agosto, circulou na mídia mato-grossense artigo intitulado "Deus nos livre de Marina", de autoria do ex-presidente da Aprosoja/MT, Glauber Silveira, o texto demonstra uma “preocupação diante do radicalismo de Marina e o pré-conceito que ela apresentava diante do desenvolvimento da agropecuária.”
Lembro-me como hoje que na campanha presidencial de Lula no ano de 1994, as pessoas faziam o sinal da cruz quando se falava de Lula. Os produtores rurais diziam que o PT iria tomar às suas terras, porque defendia uma ideologia socialista. Hoje, 20 anos se passaram, Lula é ovacionado entre os produtores rurais e governou o país por 08 anos.
Marina é mundialmente reconhecida como defensora do meio ambiente. Foi candidata à presidente da república em 2010, onde trouxe para o centro do debate nacional a questão da sustentabilidade. Afinal o que é sustentabilidade?
Bem, de forma simplista podemos definir a sustentabilidade como o compromisso da geração atual para com às futuras gerações. Nossa geração deve fazer uso dos recursos naturais de meio ambiente, mas assegurando que esses recursos sejam preservados para o futuro.
Nessa compreensão, não vejo atualmente muitas divergências entre as bandeira de Marina e seus aliados e o caminho que vem seguindo o Agronegócio nacional. Em Mato Grosso, destaco que a Revista Exame especial Sustentabilidade, edição de novembro de 2013, demonstrou a prática sustentável do Grupo André Maggi que segundo a revista, desde 2004, o mesmo mantém cadastro de bons fornecedores. Uma equipe do Grupo André Maggi, visita propriedades para coletar dados de mais de 30 itens socioambientais, como as boas práticas na conservação de solo e no uso da água, tecnologia agrícola e segurança do trabalho.
Cartilha da BUNGE (outra gigante do agronegócio) "Responsabilidade Ambiental na Produção Agrícola", afirma que “as boas práticas agrícolas caracterizam-se pela adoção de técnicas de produção menos impactantes ambientalmente, com o emprego de tecnologias mais limpas, aliando rentabilidade agrícola, equilíbrio ambiental e responsabilidade social.” A mesma cartilha também destaca que “o cumprimento da legislação ambiental representa uma grande oportunidade para a diminuição dos custos de produção, e para a melhora da qualidade de vida dos seres humanos e das demais formas vivas.”
No “Diagnóstico de Florestas Plantadas do Estado de Mato Grosso” produzida pelo IMEA - Instituto Mato Grossense de Economia Agropecuária, de Novembro – 2013, o então presidente do Sistema Famato, Rui Carlos Ottoni Prado, disse: "Sabemos, por exemplo, que muitos produtores têm interesse no sistema de integração Lavoura-Pecuária-Floresta (iLPF). (...) Os desafios são diversos e basta o conhecimento para enfrentá-los. Que este trabalho [o diagnóstico] seja um importante guia para quem acredita que a sustentabilidade é um caminho sem volta."
Ora, esses relatos demonstram que o agronegócio já está incorporando os fatores de econômica sustentável, os mesmos pautados por Mariana. Percebo que há mais convergências que divergências. O que falta é sentar à mesa e selar um projeto de nação para atacar os principais gargalos que verdadeiramente atrapalham o agronegócio nacional, dos quais aponto a caótica infra-estrutura logística existente no Brasil. É inadmissível um setor como o agronegócio, responsável por 33% do Produto Interno Bruto - PIB brasileiro e que emprega 40% da população economicamente ativa, sendo o maior gerador de divisa para a balança comercial, não ter a devida atenção dos governantes para com à infraestrutura de transporte.
Aparentemente nossos produtores estão fazendo sua parte, buscando eficiência com tecnologia, maior produtividade sem aumentar a área plantada, e buscando a sustentabilidade ambiental. A natureza também vem ajudando com clima favorável o que nos leva às grandes safras. Esperamos com práticas sustentáveis que assim permaneça por muitas décadas.
Renato Santana é historiador e mestre em educação.
Lembro-me como hoje que na campanha presidencial de Lula no ano de 1994, as pessoas faziam o sinal da cruz quando se falava de Lula. Os produtores rurais diziam que o PT iria tomar às suas terras, porque defendia uma ideologia socialista. Hoje, 20 anos se passaram, Lula é ovacionado entre os produtores rurais e governou o país por 08 anos.
Marina é mundialmente reconhecida como defensora do meio ambiente. Foi candidata à presidente da república em 2010, onde trouxe para o centro do debate nacional a questão da sustentabilidade. Afinal o que é sustentabilidade?
Bem, de forma simplista podemos definir a sustentabilidade como o compromisso da geração atual para com às futuras gerações. Nossa geração deve fazer uso dos recursos naturais de meio ambiente, mas assegurando que esses recursos sejam preservados para o futuro.
Nessa compreensão, não vejo atualmente muitas divergências entre as bandeira de Marina e seus aliados e o caminho que vem seguindo o Agronegócio nacional. Em Mato Grosso, destaco que a Revista Exame especial Sustentabilidade, edição de novembro de 2013, demonstrou a prática sustentável do Grupo André Maggi que segundo a revista, desde 2004, o mesmo mantém cadastro de bons fornecedores. Uma equipe do Grupo André Maggi, visita propriedades para coletar dados de mais de 30 itens socioambientais, como as boas práticas na conservação de solo e no uso da água, tecnologia agrícola e segurança do trabalho.
Cartilha da BUNGE (outra gigante do agronegócio) "Responsabilidade Ambiental na Produção Agrícola", afirma que “as boas práticas agrícolas caracterizam-se pela adoção de técnicas de produção menos impactantes ambientalmente, com o emprego de tecnologias mais limpas, aliando rentabilidade agrícola, equilíbrio ambiental e responsabilidade social.” A mesma cartilha também destaca que “o cumprimento da legislação ambiental representa uma grande oportunidade para a diminuição dos custos de produção, e para a melhora da qualidade de vida dos seres humanos e das demais formas vivas.”
No “Diagnóstico de Florestas Plantadas do Estado de Mato Grosso” produzida pelo IMEA - Instituto Mato Grossense de Economia Agropecuária, de Novembro – 2013, o então presidente do Sistema Famato, Rui Carlos Ottoni Prado, disse: "Sabemos, por exemplo, que muitos produtores têm interesse no sistema de integração Lavoura-Pecuária-Floresta (iLPF). (...) Os desafios são diversos e basta o conhecimento para enfrentá-los. Que este trabalho [o diagnóstico] seja um importante guia para quem acredita que a sustentabilidade é um caminho sem volta."
Ora, esses relatos demonstram que o agronegócio já está incorporando os fatores de econômica sustentável, os mesmos pautados por Mariana. Percebo que há mais convergências que divergências. O que falta é sentar à mesa e selar um projeto de nação para atacar os principais gargalos que verdadeiramente atrapalham o agronegócio nacional, dos quais aponto a caótica infra-estrutura logística existente no Brasil. É inadmissível um setor como o agronegócio, responsável por 33% do Produto Interno Bruto - PIB brasileiro e que emprega 40% da população economicamente ativa, sendo o maior gerador de divisa para a balança comercial, não ter a devida atenção dos governantes para com à infraestrutura de transporte.
Aparentemente nossos produtores estão fazendo sua parte, buscando eficiência com tecnologia, maior produtividade sem aumentar a área plantada, e buscando a sustentabilidade ambiental. A natureza também vem ajudando com clima favorável o que nos leva às grandes safras. Esperamos com práticas sustentáveis que assim permaneça por muitas décadas.
Renato Santana é historiador e mestre em educação.
URL Fonte: https://toquedealerta.com.br/artigo/101/visualizar/