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POLÍCIA
Quinta - 07 de Setembro de 2017 às 20:45
Por: Da Redação TA

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Terezinha Rios Pedrosa
Terezinha Rios Pedrosa

Ex-presidente do Sindicato dos Trabalhadores Rurais do município de Nossa do Livramento, Terezinha Rios Pedrosa, e o esposo Aluízio, foram encontrados mortos no início da tarde desta quinta-feira (07.09.2017). Os corpos foram localizados com sinais de perfuração de arma de fogo, no sítio de propriedade do casal, na Comunidade União, região do Complexo do Quilombo Matacavalo, em Livramento. Não há informações sobre o que teria levado aos homicídios.

Terezinha Rios era militante do movimento ligado a agricultura familiar. Ex presidente do Sindicato dos Trabalhadores Rurais de Nossa Senhora do Livramento, ex-diretora da Fetagri (Federação dos Trabalhadores na Agricultura), ex secretária de Desenvolvimento Rural de Livramento na gestão do ex-prefeito Dr. Zenildo (2009/2012), e ex-candidata a vice-prefeito na chapa do ex-vereador Novinho, em 2016.

“É uma perda irreparável, perdemos uma grande companheira”, disse o Secretário Geral do Sindicato dos Trabalhadores Rurais de Livramento, Simão Gomercindo de Almeida.

A população do município, espera que se faça justiça, que o caso não caia no esquecimento.

VIOLÊNCIA NO CAMPO

A rota da violência no campo no estado de Mato Grosso entre 1985 e abril de 2017, transita do trabalho escravo a vítimas fatais. Resultou em 136 mortes, em 46 dos 141 municípios, e 87 tentativas de assassinato, como destaca levantamento feito pela Comissão da Pastoral da Terra (CPT).

Entre as vítimas, estão principalmente camponeses, posseiros, assentados, lideranças religiosas e sindicais, indígenas e quilombolas.

Até hoje, nenhum caso teve solução e os mandantes dos crimes continuam impunes. Nos últimos três anos, a situação tem se agravado e em 2017, o quadro ficou ainda pior com a chacina de nove trabalhadores rurais, na gleba Taquaruçu do Norte, em Colniza, a 1.065 km de Cuiabá, no dia 19 de abril deste ano. Neste período, foram nove chacinas, com 55 mortos, principalmente nas regiões norte e noroeste do estado. Além de Colniza, em Alta Floresta, Aripuanã, Jauru, Juína e Terra Nova do Norte. Até o ano passado, foram denunciados 8.547 casos de trabalho escravo ou análogo no estado. E agora, mais esses 02 assassinatos no Município de Nossa Senhora do Livramento.





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