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Domingo - 19 de Novembro de 2017 às 13:00

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Maria Augusta Ribeiro. Profissional da informação, especialista em Netnografia, escreve para o Belicosa.com.br.
Maria Augusta Ribeiro. Profissional da informação, especialista em Netnografia, escreve para o Belicosa.com.br.

A internet é uma das inovações mais sensacionais de todos os tempos. Mas à medida que a tecnologia evolui, o alerta de que diagnósticos médicos decorrentes do abuso dessa ferramenta são cada vez mais comuns e nos questiona sobre se ser digital é nocivo a saúde.

Vendemos a ideia de que a tecnologia tem benéficos apenas positivos as nossas vidas. Principalmente quando pensamos nas facilidades que a internet traz aos cotidianos agitados de pessoas que se comunicam via smartphones, fecham negócios por email e se exercitam via wi-fi.

Mas muitos dos danos causados à nossa saúde são atribuídos à esta tecnologia quando, na realidade, são de comportamento. Afinal, não é porque você tem acesso à sua geladeira que vai comer tudo o que tem nela de uma vez só.

Além dos diagnósticos médicos ha aquela percepção básica de que temos mais crianças usando óculos, mais jovens obesos e mais pessoas com problemas na coluna.

Um documentário chamado “Web Junkie” relata o dia a dia de jovens chineses que são levados contra a vontade a acampamentos, para fazer um tratamento severo pelo vício em internet.

O negócio é tão trash, que jovens de 13 anos choram, fazem greve de fome, e têm comportamentos violentos, apenas porque são privados da tecnologia. São mais de 400 desses acampamentos na China, e isso se estende por outros países.

Antes que me diga que as redes sociais não influenciam nosso comportamento, se questione: Quantas vezes você acessa suas redes sociais? Isso inclui as tecladas no Whatsapp, os vídeos no Youtube e o linkedin.

Segundo a última pesquisa realizada pela Comsocre de 2015, os brasileiros passam 650 horas por mês conectados à internet. sendo que 360 horas são gastas em redes sociais.

De fatos as redes digitais mexem com nosso instinto de reconhecimento social. Somos recompensados com curtidas, compartilhadas e seguidores, na medida que publicamos algo que cause empatia imediata. Porém ela não gera uma recompensa real.

Transtorno de dependência da Internet não é mais coisa do passado. São diagnósticos comuns nos consultórios psiquiátricos no mundo todo.

Somos todos culpados!!!! Pois deixamos que ferramentas tecnológicas tenham a obrigação de criar valores em nossos filhos, sejam a orientação de nossos jovens e o relacionamento dos idosos. E isso, sem dúvida, já afeta sociedade de forma nada positiva.

Segundo estudos, criança de 0 a 2 anos expostas a 1 hora de acesso à tecnologia, e isso inclui brinquedos eletrônicos, fones de ouvido, TV, Tablets e smartphones, por mês, terá 3 vezes mais chances de desenvolver patologias que a impossibilitem ela de se alfabetizar.

Estamos surfando em mares perigosos, porque estamos cansados demais para entreter nossos filhos, ensinar valores aos alunos, e praticar a evolução nas redes sociais , porque simplesmente passamos a responsabilidade de agir a meios de comunicação digital.

Mas como podes resolver isso? Equilibrio entre o virtual e físico nao faz mal a ninguém. Voce não precisa inovar para evitar problemas cognitivos futuros, basta dar um pouco de atenção ao colega de trabalho que não está bem, ao filho que precisa de carinho e ao amigo que deseja falar com você, não teclar.

Ser digital é realidade. Mas achar que um smartphone pode resolver todos os problemas do mundo isso é alienação de comportamento e nao salva ninguém do ônus do mal uso de tecnologia amanha. Pense Nisso!

Maria Augusta Ribeiro. Profissional da informação, especialista em Netnografia, escreve para o Belicosa.com.br.



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