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Sábado - 18 de Junho de 2016 às 15:30
Por: Romildo Gonçalves

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Romildo Gonçalves é biólogo, professor e pesquisador em Ciências Naturais da UFMT/Seduc E doutorando em Agric. Tropical
Romildo Gonçalves é biólogo, professor e pesquisador em Ciências Naturais da UFMT/Seduc E doutorando em Agric. Tropical
Está chegando o período da estiagem, período esse que vai de junho a setembro, e com ele muita falanção sem nexos, muito fogo florestal e muita fumaça azucrinando a vida. Essa é uma realidade que vem se repetindo continuamente na últma década no país.

Como se sabe, se bem manejado não será incendiado, essa é a lógica para a preservação e conservação ambiental. Com o prolongado fenômenos naturais, difusão das intempéries, inércia do poder público, aliado ao crescimento exacerbado da temperatura em 2015, em 2016 tudo evidencia que não será diferente.

Então diante de tal situação o que fazer? Prevenir, prevenir e prevenir para que não se repita em mato grosso o que aconteceu em 2015, com incêndios florestais pipocando no estado inteiro. pontuando um acrescimento de nada mais nada menos que 288% em relação ao ano de 2014.

Se por ventura não ocorrem chuvas no período que se aproxima a situação poderá sair do controle e se complicar ainda mais agrupada ao calorão em voga. Todavia, historicamente registra no mês de setembro a chamada chuva da floração do caju, essa é a esperança da sociedade para amenizar sufocante e calorento clima em tela. Não é mesmo?

Seja na zona rural ou no perímetro urbano, o fogo quando chega não tem dado tréguas, aliada a ineficiência do poder público, leia-se poder executivo sem controle, sem estrutura de apoio, logistica e muitas vezes sem o conhecimento necessário dos técnicos e de técnicas para combate a situação torna-se quase cômica se não fosse trágica.

Isto porque milhares de vidas humanas, da fauna silvestre, fauna doméstica são ceifadas aleatoriamente nesse período, sem que os poderes reivindicam responsabilidade assegurada na legislação ambiental brasileira. Isso é real.

Embora previsível e evitável sinistros com fogo florestal, continua pipocando nos ecossistemas mato-grossenses. Prevenir, orientar, capacitar e estruturar é dever basílar do estado. Baixar decretos, portaria... proibindo o manejo do fogo nesse período, nem de longe solucionará a questão. É preciso disseminar a pratica da educação ambiental.

Ao focarmos o fortalecimento da prática da educação, seguramente estaremos alcançando a tão sonhada sustentabilidade ambiental em meio as comunidades tradicionais, ao homem do campo, ao produtor rural, aos indígenas, ao cidadão. Até o momento só bla-bla-bla...E nada mais.

Penso sinceramente que, se gestores das diferentes instâncias de governos, pesquisadores, professores, formadores de opinião mirassem por este viés certamente colheriamos bons resultados em benefício da vida.

Embora contida na lei federal n. 12.651/12, artigos 38 - II - unidades de conservação permissionária de manejo de manejo de fogo, com viés conservacionista da vegetação nativa, cujas caracteristas ecológicas estejam associadas evolutivamente à ocorrência do fogo, ainda não receberam o benefício do manejo para evitar incêndios florestais de grande monta.

Volto ao ponto de partida, se não manejar, vai queimar, essa é uma realidade nua e crua, que se repete anualmente há séculos no Brasil. Legislação existe, falta prática. Então? Vamos prevenir!

Romildo Gonçalves é biólogo, professor e pesquisador em Ciências Naturais da UFMT/Seduc E doutorando em Agricultura Tropical



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