WILSON FUÁ
A janela da traição partidária
O entendimento atual é que as vagas preenchidas em eleições proporcionais, ou seja, de deputados e vereadores, pertencem às legendas e não aos parlamentares. Por isso, foi preciso uma lei (Lei 13.165/15) prevendo essa janela para troca de partido no ano eleitoral, sem perder os mandatos, ou seja, legalizar a traição.
Durante o período da “janela da traição partidária”, vimos discursos e mais discursos, sem projetos nenhum para o Estado, mas sim, discursos desagregadores, desafiadores para brigas pessoais para viabilizar apenas projetos pessoais, vejam os ecos que ficaram aos ouvidos cansados dos eleitores sofridos:
1 – “Não sou filhos de pais assombrado”;
2 – “Pode vir todo mundo e até Seo Raimundo”;
3 – “Ganhar eleição com pé no pescoço”;
4 – “As mordidas das Cobras, não cessarão”.
O Estado de Mato Grosso precisa de grandes projetos, principalmente no para o Sistema Educacional, mas infelizmente o que se vê e o que se ouve são discursos repetitivos e ultrapassados, sem nenhum projeto para o povo, por isso, as novas gerações estão em busca de novas propostas e pela renovação dos conceitos políticos, com propostas de geração de empregos para os jovens desempregados.
Quando o sucesso não vem e as derrotas acumulam, e o resultado é a desagregação de grupos e de famílias, fazendo com que aumente o número de jovens em busca de caminhos que não existem, e passam a buscar uma fuga, usando o consumo de drogas, que fatalmente o levará a reprodução da violência urbana de modo insano e covarde, multiplicando os assaltos pelas ruas deste Estado.
A maioria dos grupos de assaltantes é constituída por jovens que estão na faixa de 16 a 21 anos, e que na verdade também são vítimas de uma sociedade desagregadora, e passam a viver nas ruas, sem família, sem possibilidade de emprego e principalmente vivendo de carência educacional.
A ascensão pessoal dos jovens depende das oportunidades do mercado de trabalhos, e para disputar as raras oportunidades terá que estar preparado, e esse preparo depende do sistema público educacional de alto padrão, mas através dos discursos ultrapassados das velhas lideranças, ao ouvir esses “palavreados” os jovens desempregados estará mais desiludido com a política, pois o seu futuro, está diretamente ligado as ações que dependem de outros fatores: das raras oportunidades e que para disputá-la depende da capacitação profissional.
A solução não é aumentar o número de policiais e presídios, mas sim, investir em grandes projetos na educação e decidir pela remuneração dos educadores de forma que o Estado possa disputar o mercado em busca dos melhores mestres e doutores, e ao programar novos projetos, os melhores índices virão nos resultados escolares futuros, e para que isso aconteça, basta equiparar os Salários e os Planos de Carreira dos Professores em relação à dos Delegados de Polícia, por que, a solução está na origem e não na causa.
Wilson Carlos Fuah – É Especialista em Recursos Humanos e Relações Políticas e Sociais.
Fale com o Autor: wilsonfua@gmail.com