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Segunda - 11 de Junho de 2018 às 05:52

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Dr. Roger Rotta é Neurocirurgião Oncologico, Membro titular da Sociedade Brasileira de Neurocirurgia
Dr. Roger Rotta é Neurocirurgião Oncologico, Membro titular da Sociedade Brasileira de Neurocirurgia

Quando o paciente já recebe o diagnóstico de um tumor cerebral, o segundo passo é fazer a biopsia para identificar que tipo de tumor é este, maligno ou benigno.

No caso de um tumor benigno, este costuma ter um padrão de crescimento mais lento e local, sem a capacidade de disseminação para estruturas adjacentes e pelo sistema liquórico. E geralmente quando retirado totalmente, o paciente está curado, mas o acompanhamento é feito por determinado tempo para controle evitando recidiva.

O risco do tumor benigno no cérebro, se faz por ele apresentar um crescimento lento e quando é encontrado já apresenta um tamanho bem considerável, com isso pode exercer pressão no interior do crânio, resultando em paralisia, problemas de fala, convulsões e até a morte devido ao efeito de massa desta lesão. Por isso retirá-lo no momento do diagnóstico é fundamental para evitar déficits permanentes e ate mesmo a morte do paciente.

No caso de tumor maligno, este apresenta um padrão de crescimento rápido com invasão do encéfalo normal ao redor. Ele cresce sem controle por conta da alteração genética. As células multiplicam-se rapidamente e têm a capacidade de “invadir” estruturas próximas ao local de origem. A cura neste tipo de tumor não existe, falamos em controle e sobrevida global e sobrevida livre de doença, uma vez que em algum momento de sua história natural esta neoplasia irá recidivar.

Em geral após a sua retirada total ou parcial dependendo de tipo histológico, imunohistoquimico e de padrão genético, o paciente tem que ser submetido a quimioterapia e a radioterapia.

Vale a pena frisar que a ressecção mais precoce possível em tumores benignos tem uma maior chance de cura e nos casos de tumores malignos quanto mais precoce esta ressecção maior a progressão livre de doença e maior a sobrevida, então não deixe de fazer um acompanhamento e seguir o tratamento determinado pelo seu médico. Ele fará o encaminhamento para o neurocirurgião oncológico para a retirada do tumor.

Lembre-se, independente de qual tumor seja diagnosticado, as novas tecnologias e os novos protocolos de tratamento medicamentos podem melhorar sua qualidade de vida.

Dr. Roger Rotta é Neurocirurgião Oncologico, Membro titular da Sociedade Brasileira de Neurocirurgia, Fellowship em Oncological Neurosurgery no MD Anderson Cancer Center em Houston - Tx, além de Coordenador da Residência em Neurocirurgia no HGU em Cuiabá, é pioneiro no implante do reservatório de Ommaya em Mato Grosso e ressecção de tumores cerebrais com paciente acordado.



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