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Domingo - 24 de Junho de 2018 às 11:32

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Economista Wilson Carlos Fuáh – É Especialista em Recursos Humanos e Relações Sociais e Políticas
Economista Wilson Carlos Fuáh – É Especialista em Recursos Humanos e Relações Sociais e Políticas

Em tempo de crise, é muito comum vermos nos discursos dos governantes, o tema do momento: Ajuste Fiscal e minimização do tamanho do Estado.

Os dirigentes dizem até que irão promover cortes na máquina e minimizar o tamanho do estado com demissões, e têm alguns dirigentes que até promovem cortes no cafezinho e no papel higiênico.

Mas, o que é verdadeiramente o Ajuste fiscal?

Na prática, o ajuste fiscal consiste em duas ações: cortar despesas do governo e elevar a arrecadação – pelo aumento de impostos e outras receitas. A principal meta do ajuste fiscal é não gastar mais do que se arrecada.

Cortar gastos para muito é considerado como um “saco de maldade”, porque é uma decisão difícil e nunca será indolor. Para entender melhor vamos comparar o que acontece numa família, é quando estamos no vermelho, imediatamente buscamos nos cortes viabilizar o equilíbrio das finanças: abrir mão de lazer; de comprar coisas mais caras; cancelar o financiamento de um carro novo; cancelar uma viagem dos sonhos que estava programada. São decisões doloridas, mas necessárias.

Agora, vejam a comparação: a família representa em média 03 pessoas, imagine o país com milhões de pessoas, e cada mexida na economia, ao promover os cortes nos gastos do governo, provoca dores e problemas em toda a população, porque os governos ao invés de diminuir os gastos preferem aumentar os impostos.

E a maioria dos governos no seu início faz discursos, e dizem que irão conseguir o superávit primário com cortes, e ficam sempre na mira o funcionários públicos, e a principal meta é reduzir gasto com os benefícios sociais; salários de servidores; auxílios e abonos; diárias; cursos de aperfeiçoamentos e concursos públicos. Por outro lado, terá que desenvolver programas de aumento da arrecadação, sem criar mais impostos: com corte de incentivos fiscais e desenvolver sistema eficaz de arrecadação, e partir em busca dos sonegadores.

Mas, com o tempo optam pelo mais fácil, que é meter a mão nos bolsos do contribuinte e deixam de lado a diminuição do tamanho da máquina, porque ao promover demissões, pode contrariar os partidos que o ajudou a ganhar a eleição, e os correligionários ficarão fora e sem a famosa “boquinha”.

Quem dimensiona o tamanho do estado?

Porque o país tem que funcionar com 39 ministérios?

Tem ministério sem razão de existir, mas que funcionam com centenas de cargos, e que geram a possibilidade de acomodação dos “companheiros”, e seus correligionários e cabos eleitorais, e que se dane o país.

Mas, para os dirigentes o que interessa é buscar a coalizão, ou seja, trazer para si o maior número de partidos para ajudar a governar, com a maioria dos parlamentares eleitos as suas ordens, com isso, forma uma base sólida e que dará suporte e sustentação para a governabilidade. E hoje, os dirigentes não querem só apenas o 51% da Câmara ou do Senado, eles estão buscando o “2/3” para broquear qualquer possibilidade de impeachment no futuro.

E como garantir o 2/3 do parlamento?

É só transformar o governo em balcão de negócios: negociando cargos, negociando a liberação de Emendas Parlamentares; que é um meio de comprar apoio disfarçadamente. E nesse estágio do “toma lá, dá cá”, pouco importa com a desfiguração da imagem do estado, o que interessa é promover garantia da governabilidade, trazendo para si, políticos sem reputação e sem idoneidade moral, esquecendo do passado duvidoso e nebuloso dos ex-inimigos, e disponibilizando “cargos chaves” e dando liberdade total para que os políticos promoverem as ações desonesta e provocando dano aos cofres públicos.

Fica a pergunta: qual será o tamanho ideal do estado nas mãos de um político irresponsável e sem vocação para administrar?

Economista Wilson Carlos Fuáh – É Especialista em Recursos Humanos e Relações Sociais e Políticas.

Fale com o Autor:wilsonfua@gmail.com



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