WILSON FUÁ
Salve, salve o Mixto Sport Club
Cuiabá no século passado precisava de uma força no futebol, havia a necessidade de se criar um clube que nascesse de uma mistura e da união de homens e mulheres, que é a opção divina para a criação, surgiu o Mixto Sport Club, e numa tarde de inspiração, sentimento e emoção, num dia especial nasce o clube da paixão da cuiabania.
Dia 20 de maio de 1934, ali no casarão da Livraria Pepe, na rua 7 de setembro ( rua de baixo), em frente à Igreja do Senhor dos Passos, foram dados os primeiros passos históricos para o nascimento do mais querido Clube cuiabano. E pelas mãos dos seus idealizadores Ranulfo Paes de Barros, Maria Malhado, Gastão de Matos, Naly Hugueney de Siqueira, Avelino Hugueney de Siqueira (Seu maninho), e Zulmira D’Andrade Canavarros, esse clube nasceu diferente, quebrando os preconceitos, pois tinha na sua direção aberta e o reconhecimento das mulheres nas atividades culturais e esportivas, assim nasce o alvinegro da Rua Candido Mariano: Mixto a grande mistura da força de homens e mulheres.
Alguns desinformados, não sabem que naquela época, a grafia correta da língua portuguesa, misto (mistura) a escrita correta era mixto, que significava mistura. O Mixto nasceu como um MITO, com um X ao meio (MI-X-TO), que é ao invés de separar, une as forças antagônicas até nas representações das cores que ostenta no seu pavilhão: preto que é antagônico ao branco.
O gigante da Rua Candido Mariano, nasceu forte como bem diz as palavras do seu hino: “Seremos sempre unidos. E sempre destemidos. Havemos de lutar. E também trabalhar. De todo coração”.
E inspirado nas palavras verdadeiras do hino, e do lado oposto da antiga sede, foi construída a Sede Monumental da Rua Getúlio Vargas, e tornou-se um gigante que fazia o Estádio José Fragelli tremer de tenta emoção, e com o tempo passou a ser chamado de: Tigre da Vargas.
Mas, toda a herança deixada pelos Mixtenses históricos, construída com grandes sacrifícios pessoais e financeiros, foi jogada fora por administradores irresponsáveis, sem sentimento e sem alma alvinegra, perdemos o casarão da Candido Mariano e por fim perdemos a linda Sede da Vargas, foram anos para construí-las, mas que dividas acumulas foram penhoras, e tomadas de forma ao arrepio da história, mas em obediência a lei pelo enorme passivo deixado pelos administradores irresponsáveis.
Infelizmente o Mixto passou a ser administrado por Presidentes de Plantão, muito mais preocupados com a vaidade pessoal, sem entender a grandeza histórica, pois nunca ouviram o recado que está no Hino do Mixto Sport Club: “ Será o lema desta nossa sociedade - a união e também a lealdade”
As administrações sequenciais movidas pela mediocridade e falta de zelo com a história do Mixto Sport Club, estão tentando derrubar e destruir um Gigante do futebol do futebol brasileiro, a maior torcida do Centro Oeste do Brasil, legião de milhares de torcedores que têm almas alvinegras, para esses torcedores o MIXTO é um amor eterno, um MITO.
Wilson Carlos Fuáh – É Especialista em Recursos Humanos e Relações Sociais e Políticas.
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