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Sexta - 21 de Dezembro de 2018 às 21:07

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Maria Augusta Ribeiro
Maria Augusta Ribeiro

Saiba quais fatores vão transformar o perfil do consumidor digital, segundo estudos.

2019 será marcado por diferentes nuances em nosso comportamento ao consumir, seja de cunho religioso, cultural, racial, ou simples conveniência. Mas, de fato, o que isso tem de tão importante para o jeito que eu ou você consumimos?

Tudo! Afinal, a economia digitalizou há tempos. E a busca por experiências de consumo cada vez mais personalizadas deixou o mercado tão preocupado em personalizar algo que lhe agrade, que este procura cada vez mais tangibilizar suas ações para que você consuma.

De acordo com a WGSN, autoridade global em pesquisa de mercado, 2019 e 2020 serão anos decisivos para entender o cliente digitalizado. Ela realizou um mapeamento em que destaca fatores globais que mudarão a perspectivas de consumo e quais serão as prioridades do consumidor daqui 2 anos, veja:

5G:

Pode parecer brincadeira, mas a vedete dos próximos anos será o 5G, mesmo que o Brasil não seja um país onde a tecnologia é acessível a todos ou mesmo não funcione direito. O 5G será responsável por mais negócios com experiencias de realidade aumentada, e a velocidade das redes sociais vai impactar o engajamento do consumidor às marcas.

Com o 5G o varejo será uma terra de serviços, e as empresas que investirem na personalização aliada à velocidade sairão na frente. Uma vez que a negociação digital é contínua e não pode ter atrito, os aplicativos mais adequados também impactarão.

Mas, e quem não tem acesso ao 5G? Haverá outros tipos de negócios, segundo Bill Ready Coo do Paypall, 3 bilhões de pessoas no mundo ainda não participam da economia digital, e isso pode gerar oportunidades de negócios.

Novas Maiorias:

Há alguns anos, quando a gente falava de minoria, a referência era sempre de gente diferente, que se comportava de forma distinta e que pensava de forma diversa. E para quem não acreditava nessas pessoas, elas hoje não são mais minorias, são MAIORIAS. E isso quer dizer que um mercado diferente, ávido por produtos e serviços feitos para eles, esta aí, minha gente.

Um exemplo de quem prestou atenção nisso e sai na frente foi a Nike: atenta aos Milenials muçulmanos, a marca criou o “pro hijab”, um lenço que cobre os cabelos das muçulmanas, desenvolvidos especialmente para que elas pratiquem esportes.

No Brasil temos marcas de cosméticos, moda e afins, desenvolvidos especialmente para afrodescendentes. Lembre-se eles não são mais minorias, no Brasil representam 51% da população, e uma super oportunidade para bons negócios esta aí.

Economia Compartilhada:

Faz um tempo que a ideia de que as pessoas mantenham o mesmo estilo de vida, sem precisar adquirir, e sim, compartilhar, está de moda. Mas, o que muda no comportamento da vez é que ela não é mais somente uma cultura de consumo colaborativo, ela se transformou em capitalismo comunitário.

E isso quer dizer que que um novo modelo de negócios está prestes a mudar as regulamentações governamentais, o planejamento cívico e o desenvolvimento regional.

À medida que mais consumidores da cultura colaborativa usam o ativismo digital para garantir que o dinheiro seja investido localmente e de forma mais personalizada, mais desenvolvimento será concentrado.

Podemos dizer que a vez da etnografia e netnografia está aí, pois vamos precisar estudar os hábitos do consumidor de hoje e do futuro a fundo para oferecer o que ele realmente deseja, e não mais enfiar goela abaixo nosso produto, que ele vai aceitar.

Maria Augusta Ribeiro



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