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Sábado - 31 de Agosto de 2019 às 00:05

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Há milênios, o ser humano busca se expressar através do movimento. Mas, a correria do dia a dia e todo o estresse decorrente desta agitação têm dificultado nossa vida, não é mesmo? A boa notícia é que mesmo assim, aos trancos e barrancos, temos conseguido transpor barreiras e encontrar um tempinho para o autoconhecimento através da arte.

Nesse contexto, podemos falar sobre a Dança do Ventre: uma linda arte milenar egípcia que não só pode como têm sido cada vez mais usada na prática terapêutica feminina como ferramenta para autoconhecimento.

A dança é uma expressão artística e cultural, mas também ferramenta utilizada mundo a fora na busca da conexão com ventre e da ancestralidade, já que esta prática fortalece a alma através da plena consciência dos centros energéticos trazendo equilíbrio e favorecendo o encontro da sabedoria feminina que habita em cada ser.

Com os pés enraizados na terra sentimos vibrar todo o corpo através de movimentos vigorosos que liberam energia e sutilmente harmonizam todo o corpo. A contração muscular, a ondulação do corpo e a vibração dos movimentos também aliviam dores menstruais e preparam o corpo para a sustentação da gestação durante o trabalho de parto num grande culto à natureza e em prol da fertilidade do ventre e da terra. Filosofias a parte, posso dizer que esta dança redistribui toda a força do corpo pelos centros de energia (chakras) proporcionado as praticantes equilíbrio mental e energético.

Mulheres de todas as idades, e até mesmo homens que queiram descobrir ou curar seu lado feminino, podem usufruir dos benefícios da Dança do Ventre aprendendo a conhecer seu potencial criativo e energético e, também, a abraçar sua sombra. Sim, esta arte milenar nos faz identificar a sombra tão sufocada pela sociedade moderna: nosso lado instintivo e ancestral.

Posso lhes afirmar que mulheres conscientes da força e do potencial energético de criação do ventre se tornam seres mais plenos, felizes e abertos a infinitas possibilidades do corpo, da mente e do astral.

E quer saber de uma coisa? Todas nós, independentemente do tipo físico, idade ou limitações podemos dançar. Como bem disse a bailarina e professora Fátima Fontes, “é possível trazer para além da sala de aula. Observe como caminha, se senta, respira, se alimenta e, sobretudo, como você descansa e em pouco tempo seu corpo estará muito pronto para dançar.”

Ao longo dos anos percebi que a dança do ventre pode ir além e se alinhar a movimentos de Yoga, meditação, práticas curativas femininas, consciência respiratória, correção postural e terapias para expansão de consciência. Um grande acervo de conhecimentos e práticas unidos com vistas ao desenvolvimento pessoal e ao fortalecimento do corpo e da autoestima. Assim sigo praticando e compartilhando destes conhecimentos há quase 30 anos.

Encerro dizendo que nós mulheres precisamos despertar e dedicar parte do nosso dia para olhar para pra dentro de nós. Só assim, conseguiremos entender a força e a vibração do nosso ventre, alimentar a alma e compreender nosso corpo por inteiro conquistando a plena saúde física e emocional. Sejamos felizes, sejamos mulheres de corpo e alma! Vamos dançar?

*Yasmine Amar Kaur é bailarina e professora de Dança do Ventre há 26 anos. É pioneira no Ensino Estruturado na Dança do Ventre, em Cuiabá; educadora física, instrutora de Yoga e Taróloga. Proprietária do Espaço Yasmine Amar. Redes sociais: @yasmineamarkaur / Cel: (65) 98111-8683. http://yasmineamardance.blogspot.com / yasmineamar@gmail.com



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