Marcos Veloso
O Rio Cuiabá e a consciência cidadã
Integrante das duas maiores bacias hidrográficas do país, o Rio Cuiabá passa por onze cidades de Mato Grosso e representa um dos mais importantes componentes histórico, econômico, social e ambiental da Amazônia Legal.
Historicamente e em tempos mais remotos o nosso rio serviu de meio de transportes e comunicação entre as cidades do Estado, contribuindo para a integração dos povos e fomentando a economia, eis que, através dos navios mercantes que nele trafegavam eram transportados produtos essenciais à vida dos ribeirinhos como alimentos, medicamentos, materiais de construção e outros bens necessários às comunidades ribeirinhas.
Além do mais, ele próprio é até hoje fonte de vida e alimentação para uma substancial parcela da sociedade cuiabana e de Mato Grosso, seja na abundância de espécimes de peixes, seja através da lavoura e agricultura exercitada em suas proximidades e margens, o que, às vezes causam problemas ligados ao prejuízo ao meio ambiente, conforme pontuaremos a seguir.
Quando intitulamos este artigo clamando pela consciência cidadã, a intenção prática é o envolvimento direto de todos os integrantes da sociedade cuiabana nos cuidados para a preservação do Rio Cuiabá, através de realizações pessoais, ações dos poderes públicos, do empresariado, das organizações civis preocupadas com o alto índice de desmatamento provocado nas margens do rio, da poluição produzida pela ação inconsequente do homem, pelo despejo de resíduos de componentes orgânicos e inorgânicos em seu leito, provocando a poluição em todas as suas formas, com a consequente contribuição à destruição das espécies.
Entendemos como nosso dever adquirir uma consciência cidadã no que diz respeito à preservação do Rio Cuiabá, e com ela, ações mantenedoras do habitat natural das espécies nele existentes; respeitar as leis ambientais, principalmente aquelas que regulam a utilização de suas margens na criação, plantio e desenvolvimento de lavouras que, em último caso, se não feitas dentro dos parâmetros de respeito à fauna e a flora, como também ao espaço físico previsto em lei, causam prejuízos irrecuperáveis ao meio ambiente, em toda a sua plenitude.
O Brasil é um país de suma importância no contexto ambiental, e, não à toa considerado o pulmão do mundo, ainda mantém uma das maiores extensões de terras virgens, matas ciliares, florestas, rios, cursos d’água, cujas preservações tem sido motivo de políticas públicas voltadas ao meio ambiente, à conservação e preservação das espécies, à regulamentação do solo cultivável, ao combate à destruição de suas florestas, sendo partícipe de organizações e entidades ambientais preocupadas com a própria subsistência humana e das espécies, como já dito.
A educação promovida através das escolas, meios de comunicação de massa, especialistas e entidades voltadas às questões ambientais são de fundamental importância para a consciência cidadã, que deve ter por escopo obedecer normas simples de ajuda no combate a degradação ambiental, como por exemplo, distribuir convenientemente os resíduos líquidos e sólidos em recipientes compatíveis a casa um; preservar as margens de nossos rios; não jogar qualquer tipo de lixo no curso de água, nas margens, nas imediações do rio. Possuir uma responsabilidade ambiental que resulte em benefícios à sociedade de um modo geral e ao meio ambiente em particular.
Ações simples, mas de resultados que impactam expressivamente no seio da sociedade, como um bem para nós próprios, nossos filhos e netos.
Nossa intenção, como contribuintes ao desenvolvimento racional, ecológico e ambiental não só ao Rio Cuiabá, mas de todas as espécies do Planeta, é fomentar o interesse e as ações de pessoas físicas e demais entidades responsáveis no sentido de promovermos ações práticas, fáticas, que contribuam para a preservação do meio ambiente e das espécies e nos proporcionem saudável bem estar da natureza com o homem e vice versa.
Dessa forma, estaremos proporcionando inestimável contribuição à valorização da vida.
Marcos Veloso é vereador por Cuiabá, presidente municipal do Partido Verde, delegado da Polícia Civil e membro atuante da Igreja Católica