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Patrocínio Desmedido
Entre os preparativos para a Copa do Mundo e as costuras de alianças partidárias, com vistas às eleições deste ano, encontra-se a CPI da Petrobrás. Aliás, uma não, mas duas CPIs: a mista, que o governo teima em impedir, mas a oposição trabalha por sua criação, inclusive com a anuência de alguns situacionistas; e a CPI do Senado, patrocinada pela presidente, e que já ganhou, nos bastidores, a alcunha de “chapa branca”. Também, pudera, dos treze integrantes, dez são da situação, entre os quais o relator e o presidente. Vital do Rêgo (PMDB/PB), inclusive, foi quem presidiu a CPI do Cachoeira, cujo resultado não levou a nada, a não ser a cassação do mandato de senador de Demóstenes Torres – único punido, ainda que houvesse dezenas de outros culpados.
Pior, então, será a da Petrobrás, no Senado. Dúvidas inexistem quanto a isso. Afinal, pelo menos por enquanto, não se tem a figura de um “bode expiatório”, com o fim de desviar a atenção da mídia, e, por tabela, da opinião pública. É nesta hora, vale confessar, que se percebe a tamanha falta que faz o PT na oposição. Pois as ruas já tinham sido tomadas, muros pichados e os espaços das redes sociais, recheados de palavras de ordem, tal como o “fora Fulano”, “fora Beltrano”. E não sem razão, uma vez que são gravíssimas as denúncias que envolvem a Petrobrás – empresa símbolo do Estado brasileiro.
Seu patrimônio, porém, foi dilapidado. Milhões. Talvez bilhões tenham saídos de seus cofres em forma de compra megafaturada de refinaria, de presentes distribuídos a pessoas que, nunca, foram clientes ou fornecedores da empresa, somadas a gastança com refinaria para atender as necessidades da Venezuela.
Isso sem falar no cabide de emprego que fizeram a empresa transformar-se. PMDB, PT e PP, até bem pouco tempo, dividiam os postos de sua diretoria. Partidos que constituem a Comissão Parlamentar de Inquérito do Senado. O estranho, portanto, será a dita CPI achar algum indício de fraude, de irregularidade. A pizza, portanto, já foi encomendada – restando, agora, sentarem à mesa, para saboreá-la, o Lula da Silva, a presidente Dilma e gente graúda do Congresso Nacional; enquanto ao povo será reservado, uma vez mais, a dor da decepção, da frustração.
Frustrações que podem ser superadas pelas conquistas da seleção “Canarinho” nos gramados do país. Repetir-se-á a máxima do “pão e o circo”. Velho expediente do regime burocrático militar.
Isso seria o mesmo que dizer: não se deve esperar tanta coisa da CPI do Senado. Afinal, se o Congresso Nacional quisesse, de fato, apurar as denúncias que envolvem a Petrobrás, teria batido o martelo apenas com a CPI Mista. Até porque duas CPIs gerarão mais despesas, até para realizarem iguais tarefas, cujos resultados serão pífios. Nem mesmo as manifestações populares, tão anunciadas, serão capazes de mudar o resultado das ditas Comissões.
Lourembergue Alves é professor universitário e articulista de A Gazeta, escrevendo neste espaço às terças-feiras, sextas-feiras e aos domingos. E-mail: Lou.alves@uol.com.br.
Pior, então, será a da Petrobrás, no Senado. Dúvidas inexistem quanto a isso. Afinal, pelo menos por enquanto, não se tem a figura de um “bode expiatório”, com o fim de desviar a atenção da mídia, e, por tabela, da opinião pública. É nesta hora, vale confessar, que se percebe a tamanha falta que faz o PT na oposição. Pois as ruas já tinham sido tomadas, muros pichados e os espaços das redes sociais, recheados de palavras de ordem, tal como o “fora Fulano”, “fora Beltrano”. E não sem razão, uma vez que são gravíssimas as denúncias que envolvem a Petrobrás – empresa símbolo do Estado brasileiro.
Seu patrimônio, porém, foi dilapidado. Milhões. Talvez bilhões tenham saídos de seus cofres em forma de compra megafaturada de refinaria, de presentes distribuídos a pessoas que, nunca, foram clientes ou fornecedores da empresa, somadas a gastança com refinaria para atender as necessidades da Venezuela.
Isso sem falar no cabide de emprego que fizeram a empresa transformar-se. PMDB, PT e PP, até bem pouco tempo, dividiam os postos de sua diretoria. Partidos que constituem a Comissão Parlamentar de Inquérito do Senado. O estranho, portanto, será a dita CPI achar algum indício de fraude, de irregularidade. A pizza, portanto, já foi encomendada – restando, agora, sentarem à mesa, para saboreá-la, o Lula da Silva, a presidente Dilma e gente graúda do Congresso Nacional; enquanto ao povo será reservado, uma vez mais, a dor da decepção, da frustração.
Frustrações que podem ser superadas pelas conquistas da seleção “Canarinho” nos gramados do país. Repetir-se-á a máxima do “pão e o circo”. Velho expediente do regime burocrático militar.
Isso seria o mesmo que dizer: não se deve esperar tanta coisa da CPI do Senado. Afinal, se o Congresso Nacional quisesse, de fato, apurar as denúncias que envolvem a Petrobrás, teria batido o martelo apenas com a CPI Mista. Até porque duas CPIs gerarão mais despesas, até para realizarem iguais tarefas, cujos resultados serão pífios. Nem mesmo as manifestações populares, tão anunciadas, serão capazes de mudar o resultado das ditas Comissões.
Lourembergue Alves é professor universitário e articulista de A Gazeta, escrevendo neste espaço às terças-feiras, sextas-feiras e aos domingos. E-mail: Lou.alves@uol.com.br.
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