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Sábado - 20 de Maio de 2023 às 03:09

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No Brasil, muitas famílias enfrentam situações angustiantes quando se deparam com a doença de um ente querido e a impossibilidade de arcar com os custos do tratamento médico necessário. A falta de recursos financeiros para realizar exames, consultas e cirurgias coloca em questão o valor atribuído à vida humana. Essa realidade desoladora é agravada pela diminuição dos investimentos na saúde pública, conforme apontado pelo Conselho Nacional de Saúde (CNS/MS) em relação à Emenda Constitucional (EC) 95. Diante disso, surge a pergunta: até que ponto a classe política brasileira está verdadeiramente preocupada com a saúde da população?

Quando nos deparamos com um ente querido doente e sem recursos financeiros para custear seu tratamento médico, somos confrontados com uma dura realidade: qual é o valor atribuído à vida? A resposta a essa pergunta é complexa, pois envolve não apenas considerações financeiras, mas também éticas e morais. No entanto, é inegável que a situação de muitas famílias brasileiras é alarmante, com a necessidade de entrar com ações judiciais para garantir o acesso à saúde básica e salvar vidas.

A Emenda Constitucional 95, aprovada em dezembro de 2016, tem impactado negativamente o orçamento destinado à saúde pública. Desde então, os investimentos vêm diminuindo progressivamente, comprometendo o acesso aos serviços médicos e colocando em risco a vida dos cidadãos. Segundo o CNS/MS, somente em 2019, a perda de investimentos na área representou R$ 20 bilhões. Isso significa que o gasto mínimo de 15% da receita da União com a saúde foi desvinculado, afetando diretamente o atendimento à população.

A responsabilidade da classe política: A idolatria política está destruindo o Brasil

Diante da crise da saúde pública, surge a preocupação com a atuação da classe política, representada pela Câmara dos Deputados e pelo Senado Federal. Afinal, a cada ano, a receita destinada à saúde vem diminuindo, enquanto a necessidade da população por cuidados médicos só cresce. É necessário refletir sobre o comprometimento desses representantes em relação à saúde da população brasileira. É justo que os políticos sejam idolatrados quando a situação da saúde pública é precária e a vida dos cidadãos está em risco?

A questão do preço de uma vida ganha contornos dramáticos quando nos deparamos com a realidade de famílias sem condições financeiras para obter o tratamento médico necessário. A crise da saúde pública no Brasil, agravada pela diminuição dos investimentos na área, expõe a falta de prioridade e comprometimento da classe política em relação à saúde da população. Em vez de idolatrar políticos, é essencial cobrar deles um trabalho efetivo e responsável para garantir o acesso universal e digno à saúde. É preciso reverter a situação atual e valorizar a vida, colocando o bem-estar do povo brasileiro em primeiro lugar.

Davi de Paula é Radialista e Jornalista - @davidepaulaimprensa



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