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Segunda - 26 de Agosto de 2013 às 19:52
Por: Reinaldo do Carmo de Souza

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Reinaldo do Carmo de Souza é professor da Universidade de Cuiabá - UNIC
Reinaldo do Carmo de Souza é professor da Universidade de Cuiabá - UNIC

O modelo mais adequado é o denominado “gerência por equipes”, onde o que conta é a participação da maioria. Existem alguns estilos de gerência conhecidos. Um dos estilos mais utilizados mais utilizados é aquele que denominamos de gerência por tarefa, onde o gerente está preocupado com a produção e pouco interessado nos colaboradores. O gerente, nesse estilo, é centralizador das decisões. A ele cabe planejar e avaliar os resultados. Aos subordinados cabem a execução e o cumprimento das normas. A gerência por tarefa é resultado de um modelo autoritário de liderança, muito comum nas nossas empresas.

Paternalismo é aquele que denominamos de gerência piquenique, onde o gerente demonstra uma preocupação uma preocupação acentuada com as pessoas e pouco interesse pelos resultados. A gerência piquenique é resultante também de um modelo autoritário de liderança, só que com o enfoque paternalista.

O que quero dizer é que existe outro estilo de gerência, esquecido pelos teóricos do assunto. Trata-se da gerência por exceção. Muito comum em muitas empresas, esse estilo de gerência não tem nada de “salomônico” e avesso à vontade da maioria.

Ao contrário dos modelos democráticos onde a gestão é voltada para a maioria nesse estilo de gerência quem dita às regras são as maiorias. Mas pasmem! A minoria improdutiva e não comprometida com a empresa.

Vamos a alguns exemplos para que fique mais claro:

a) Existe o abuso dos sempre os mesmo não assíduos e não pontuais no trabalho. O DRH, sob ordem da diretoria, fixa em local visível o novo regulamento que discorre sobre o complicado sistema de punições para os faltosos. O sistema passa a valer também para os bons funcionários que são atingidos em sua maturidade profissional.

b) Alguns vândalos estão roubando objetos pertencentes à empresa. A diretoria não quer perder tempo pensando no assunto. Determina a ordem mais desastrosa: manda revistar todos os funcionários na saída, abrindo todas as bolsas, bolsos e sacolas. Os funcionários honestos não se sentem apreciados nas suas honestidades.

c) Alguns arruaceiros não dão o tratamento devido a algumas áreas de lazer da empresa. Riscam, quebram, destroem paredes, portas e máquinas. A diretoria da empresa ordena a proibição desse espaço para atividades de lazer. Os bons funcionários começam a questionar até onde está valendo a pena ser bom e zelar pela empresa.

A gerência por exceção administra tomando por base menos 10% de todo o pessoal. Com base neles são redigidos dezenas de normas e regulamentos que só fazem reforços o comportamento imaturo nas empresas e desagradar os sentimentos dos bons funcionários, cumpridores de suas tarefas.

O modelo de gerência adequado é aquele denominado de gerência por equipe, onde o que conta é a maioria das pessoas que, quando lideradas de forma participativa, isolam e rejeitam as minorias não comprometidas.

*Reinaldo do Carmo de Souza é professor da Universidade de Cuiabá – UNIC pelo Programa de Expansão Universitário – PEU.



URL Fonte: https://toquedealerta.com.br/artigo/217/visualizar/