Toque de Alerta - toquedealerta.com.br
Se o PT perdesse a eleição
Cada dia mais encontro pessoas que votam no PT que acham que não teria sido ruim se o partido perdesse a eleição em 2014. Aliás, tem até gente graúda do partido, como Tião Viana, senador pelo Acre, concordando com a ideia.
Esta coluna sempre arguiu nessa direção. Não que o PT entrasse para perder a eleição para presidente. O argumento era que não seria o fim do mundo se hipoteticamente o partido perdesse a eleição. Perderia de pouco, teria uma bancada de senadores e deputados federais, mais o Lula e a Dilma para fazer oposição a quem ganhasse.
Se lá atrás, quando o PT era menor e o Lula havia sido derrotado em eleições para Collor e FHC, o partido fazia dura oposição a quem estava no governo, imagine o PT com uma bancada forte, mais o Lula e Dilma falando sobre a atuação de outro governo.
Já dava para perceber desde 2013 que, como ia sendo conduzida a economia, a coisa poderia se complicar. Não se inventa modelo econômico do dia para a noite. Vendo esse caminho é que se arguia que quem entrasse no governo teria dificuldades.
Se fosse a oposição estaria levando bordoadas do PT e da sociedade. Dilma na eleição, com o suporte do marketing de João Santana, mostrava que o Brasil estava bem. Que a oposição era pessimista, torcia contra o país.
Isso ficou gravado na mente da maioria das pessoas. Se o Aécio ganhasse e desse um cavalo de pau na economia, fizesse o que a Dilma está tentando fazer agora, iria apanhar mais que cachorro de bororo, como se dizia em Poxoréo.
Um novo governo daria um pouco mais de confiança ao mercado, mas não o suficiente para fazer a economia crescer. Não se faz milagres numa economia que já em 2014 não teve crescimento do PIB. Tudo estava engatilhado para a debacle que veio em 2015, seja este ou aquele no governo, em que o PIB caiu mais de 3%.
A culpa seria toda jogada nas costas do governo tucano. Um prato cheio para o Lula se deliciar. Ele iria bater o bombo contra a incompetência do novo governo. Dava até para ir ao exterior dizer que o governo eleito é que estava instrumentalizando a mídia e o Judiciário contra o PT no caso Lava Jato. Era perseguição da elite raivosa pelos ganhos que o partido fizera para os mais pobres. Falaria ainda que os tucanos estavam destruindo a inclusão social feita nos governo do PT.
Fora do governo e batendo no Aécio que não resolvia os problemas na economia, o PT se sairia bem na eleição deste ano para prefeitos e vereadores. O outro lado se daria mal. E o Lula estaria eleito com um pé nas costas. Frente à situação avento que ele não vai enfrentar essa empreitada em 2018. Vão é apoiar o Ciro Gomes.
Alfredo da Mota Menezes é historiador e articulista político em Cuiabá.
E-mail: pox@terra.com.br
Site: www.alfredomenezes.com
Esta coluna sempre arguiu nessa direção. Não que o PT entrasse para perder a eleição para presidente. O argumento era que não seria o fim do mundo se hipoteticamente o partido perdesse a eleição. Perderia de pouco, teria uma bancada de senadores e deputados federais, mais o Lula e a Dilma para fazer oposição a quem ganhasse.
Se lá atrás, quando o PT era menor e o Lula havia sido derrotado em eleições para Collor e FHC, o partido fazia dura oposição a quem estava no governo, imagine o PT com uma bancada forte, mais o Lula e Dilma falando sobre a atuação de outro governo.
Já dava para perceber desde 2013 que, como ia sendo conduzida a economia, a coisa poderia se complicar. Não se inventa modelo econômico do dia para a noite. Vendo esse caminho é que se arguia que quem entrasse no governo teria dificuldades.
Se fosse a oposição estaria levando bordoadas do PT e da sociedade. Dilma na eleição, com o suporte do marketing de João Santana, mostrava que o Brasil estava bem. Que a oposição era pessimista, torcia contra o país.
Isso ficou gravado na mente da maioria das pessoas. Se o Aécio ganhasse e desse um cavalo de pau na economia, fizesse o que a Dilma está tentando fazer agora, iria apanhar mais que cachorro de bororo, como se dizia em Poxoréo.
Um novo governo daria um pouco mais de confiança ao mercado, mas não o suficiente para fazer a economia crescer. Não se faz milagres numa economia que já em 2014 não teve crescimento do PIB. Tudo estava engatilhado para a debacle que veio em 2015, seja este ou aquele no governo, em que o PIB caiu mais de 3%.
A culpa seria toda jogada nas costas do governo tucano. Um prato cheio para o Lula se deliciar. Ele iria bater o bombo contra a incompetência do novo governo. Dava até para ir ao exterior dizer que o governo eleito é que estava instrumentalizando a mídia e o Judiciário contra o PT no caso Lava Jato. Era perseguição da elite raivosa pelos ganhos que o partido fizera para os mais pobres. Falaria ainda que os tucanos estavam destruindo a inclusão social feita nos governo do PT.
Fora do governo e batendo no Aécio que não resolvia os problemas na economia, o PT se sairia bem na eleição deste ano para prefeitos e vereadores. O outro lado se daria mal. E o Lula estaria eleito com um pé nas costas. Frente à situação avento que ele não vai enfrentar essa empreitada em 2018. Vão é apoiar o Ciro Gomes.
Alfredo da Mota Menezes é historiador e articulista político em Cuiabá.
E-mail: pox@terra.com.br
Site: www.alfredomenezes.com
URL Fonte: https://toquedealerta.com.br/artigo/23/visualizar/