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Domingo - 18 de Outubro de 2015 às 23:09
Por: Romildo Gonçalves

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Romildo Gonçalves é biólogo e professor pesquisador da Universidade Federal de Mato Grosso UFMT/Seduc
Romildo Gonçalves é biólogo e professor pesquisador da Universidade Federal de Mato Grosso UFMT/Seduc
Começa neste domingo 18 de outubro mais um martírio imposto à sociedade humana brasileira. O sem graça, sem nexo e sem sentido horário de verão! Embora apresentando pífio resultado econômico e muito, muito, muito desconforto à sociedade, o governo federal insiste em mantê-lo.

Assim os relógios deverão ser adiantados em uma hora a partir da 0h do dia 18/10/2015 a 21/02/2016, nos estados das regiões Sul, Sudeste e Centro-Oeste.

A falta de investimentos no sistema elétrico e a não possibilidade de estocamento de vento conforme preceitua instável presidenta Dilma. Criado em 1784 por Benjamin Franklin, cujo título geral era “Day light saving time” “horário de economia com luz do dia”, em tradução livre. Quando ainda não existia luz elétrica e tinha como objetivo a economia “Cera de Vela” em uso à época. Nesse sentido aumentou-se o horário em uma hora no período do verão para economizar vela. Com sucesso garantido o tal horário se espalhou pelo mundo afetando a vida de milhões pessoas biologicamente falando. Especialmente crianças e idosos mundo afora.


No Brasil ele chegou em 1931 e infelizmente a coisa pegou e prosperou de tal forma que perdura até os dias atuais. Como se vê, estamos em pleno século 21, cercados de gigantescos potenciais em recursos hídricos por todo território nacional e, no entanto, vivendo como se no período paleolítico estivéssemos. É, né! Pois é!


Biologicamente falando, sabemos o quanto este forçado período afeta nossa vida, nosso cotidiano. É visível a irritabilidade das pessoas durante o chamado horário de verão. Que os digam estudantes das zonas rural que precisam acordar muito cedo e paga um altíssimo preço,sendo atingido de forma direta em seu aprendizado, sua capacidade de raciocínio.


Poucas nações no mundo desfrutam de tantas riquezas naturais como à brasileira 20% da água doce do mundo se encontram no país, uma quantidade colossal, não? Ademais, a geração de energia por meio de hidrelétricas tem externalidade preciosíssima. Nos reservatórios podem-se criar peixes em grande profusão, depois de passada pelas turbinas a água pode ser utilizada para irrigação em grandes áreas de produção agrícolas ou pequenas hortas caseiras como queira. Ao Contrário do que se pensa a biodiversidade do entorno das usinas pode ser melhoradas após eventuais desequilíbrios momentâneos causados por ação antrópica.


Como se vê, o Brasil é um país com sólida vocação para produção de energia limpa, detentor de extraordinária topografia, rios com enormes potenciais hídricos, privilegio para poucas nações, não? Então! Por que não utilizá-los racional e sustentavelmente?


Desde sempre Deus foi, é, e, continuará sendo generoso com o país, só falta as autoridades brasileiras entender essa dádiva divina, e produzir energia limpa para o bem da coletividade, de maneira verdadeiramente sustentável.


No tocante às chamadas “PCHs”, que são modernas não causam grandes impactos ambientais e produz bons resultados, para atender núcleos urbanos e comunidades rurais seria uma alternativa extremamente importante.


Se assim pensar e agir! As autoridades brasileiras estarão corrigindo erros recorrente desse fiasco gigantesco chamado horário de verão! Como disse no início desse artigo, poucas nações no mundo têm o privilégio de possuir tantas riquezas naturais! Será que realmente precisamos desse infortúnio?


Romildo Gonçalves é biólogo e professor pesquisador da Universidade Federal de Mato Grosso UFMT/Seduc

 



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