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Quarta - 06 de Março de 2013 às 17:47
Por: José de Paiva Netto

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José de Paiva Netto — Jornalista, radialista e escritor
José de Paiva Netto — Jornalista, radialista e escritor

Celebramos o Dia Internacional da Mulher em 8 de março, contudo, nada nos impede de tocar no assunto em qualquer ocasião. Defendo sempre que dignificar a mulher é valorizar o homem. Provê-la do apoio necessário, com o acesso à educação de qualidade, a um sistema eficiente de saúde e segurança, é dever do Estado e compromisso de todos nós. O respeito e uma boa orientação material e espiritual às mulheres lhes possibilitam atingir o grau de excelência nas atribuições que exerçam, por exemplo, no papel de mãe generosa, devidamente preparada para formar cidadãos dignos. Cabe aqui repetirmos o pensamento do educador norte-americano Charles Mclver (1860-1906): “Se você educar um homem, educa um indivíduo; mas, se educar uma mulher, educa uma família”.

Na abordagem desse tema, de interesse geral, com muito prazer trago-lhes trecho da entrevista que a ilustre dra. Maria do Rosário Nunes, ministra da Secretaria de Direitos Humanos da Presidência da República (SDH/PR), concedeu no Templo da Boa Vontade, em Brasília/DF, em 22 de janeiro deste ano. No ensejo, ela comandou um ato ecumênico em prol da tolerância religiosa, assinando, juntamente com o ministro Gilberto Carvalho, da Secretaria-Geral da Presidência da República, a portaria de criação do Comitê Nacional de Diversidade Religiosa.

Ao discorrer sobre o 8 de Março, especialmente para a revista “Boa Vontade Mulher”, declarou:

“Interessante é que estávamos falando aqui hoje de tolerância, de paz, de não violência. Uma vez li que, se os acordos de paz fossem construídos com a presença mais efetiva das mulheres, a paz seria mais rapidamente conquistada. As mulheres nas guerras, na situação urbana, nos conflitos diante da morte tão precoce dos meninos no nosso país, no mundo, ou das meninas, dos maridos, dos companheiros, as mulheres perdem e sofrem muito com a violência. Seja a violência de gênero ou quando perdem também aqueles que amam.

“Oito de março é uma data fundamental no Brasil e no mundo, porque tem a capacidade de mobilizar por igual a sociedade, percebendo o valor da mulher, superando preconceitos.

“No Brasil, temos uma mulher na presidência. A presidenta Dilma representa muito para todas nós. Temos ainda várias ministras. Inclusive, permitam-me uma homenagem à ministra Eleonora Menicucci, que responde pela Secretaria de Política para as Mulheres da Presidência da República. Trabalhamos muito integradas. (...)

“Mas temos muitos desafios, porque lamentavelmente a violência ainda tem uma perspectiva de gênero. As mulheres no ambiente familiar vivenciam e muito a situação da violência, que deve ser superada em todas as idades”.

 

SITUAÇÃO DA MULHER NA ONU

 

O jornalista Enaildo Viana, da mídia da Boa Vontade, que conduziu a entrevista com a ministra, lembrou que a Lei Maria da Penha — elogiada internacionalmente — é reconhecida como uma das legislações mais avançadas de proteção à mulher. Por sinal, entre 4 e 15 de março de 2013, na sede das Nações Unidas, em Nova York (EUA), a LBV — que possui status consultivo geral no Conselho Econômico e Social da ONU — participará da 57ª sessão da Comissão sobre a Situação da Mulher, que reúne delegações dos países membros do organismo e representantes internacionais da sociedade civil. Os debates terão como foco “A eliminação e prevenção de todas as formas de violência contra as mulheres e meninas” e reafirmarão ações em favor “da divisão igualitária de responsabilidades entre mulheres e homens, incluindo o cuidado no contexto do HIV/aids”.

 

José de Paiva Netto — Jornalista, radialista e escritor.

paivanetto@lbv.org.brwww.boavontade.com

 



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