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Segunda - 11 de Fevereiro de 2013 às 19:30
Por: José de Paiva Netto

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José de Paiva Netto — Jornalista, radialista e escritor
José de Paiva Netto — Jornalista, radialista e escritor

Extraído de palestras históricas da série O Apocalipse de Jesus para os Simples de Coração, proferidas, de improviso, por Paiva Netto, de outubro de 1990 a fevereiro de 1992, pela Super Rede Boa Vontade de Comunicação.

Ninguém, inclusive os ateus, nossos irmãos, deve menoscabar ou recear o Apocalipse de Jesus, desde que seja correto, solidário no Bem para com seus semelhantes de todas as crenças e descrenças da Terra. Convém, sim, preparar-se para o que pode acontecer. Aliás, já anda ocorrendo.

Por que solidário no Bem?! Ora, você queria que fosse no quê?! No mal?! Como?! Aí seria por efeito de quadrilha. Simples caso de polícia.

É essencial, portanto, que alguns dos que acreditam em Deus sejam um pouco mais piedosos. “Sem Fraternidade não pode haver Paz”, concluiu Victor Hugo (1802-1885).

Há até mesmo os chamados incréus que, chegando ao Plano Espiritual, após a morte física, levam vantagem sobre gente que diz crer no Pai, mas não o demonstra, pois prefere ignorar o sofrimento alheio (Evangelho, segundo Mateus, 25:31 a 46). Muitos dos considerados descrentes praticam boas ações, movidos por amor desinteressado, sem esperar troco divino. Criam o céu dentro de si, em vez de cobiçá-lo como um regalo futuro à custa do que realizam, ou pensam fazer, em prol da sociedade.
Afinal, este não deixa de ser um tipo de mercenarismo:

— Ó Deus! Serei bom se me deres o céu... Se não, não!
Não basta afirmar que acreditamos no Ser Supremo. É necessário que, por nossos atos de cordialidade eficaz, o comprovemos. É base da Sociedade Solidária.

Evidentemente, não estou induzindo ninguém ao ateísmo nem censurando religiosos que têm o amor como bandeira. O que proponho é que, juntos, sem exceção, procuremos cada vez mais ser copartícipes no Bem. Isto é Ecumenismo: dar as mãos e socorrer os carentes, do corpo e da Alma.

Bem a propósito, trago um dos mais belos sonetos da literatura sacra de todos os tempos, nascido do coração fervoroso de Santa Teresa d’Ávila (1515-1582), que amava Jesus, sem ambição de céu ou temor de inferno:

Ao Cristo Crucificado

Versão — Fernando Rocha (1933-2001)

Não me comove, meu Deus, para amar-Te o céu que Tu me tens prometido; não me comove o inferno tão temido, para deixar por isso de ofender-Te.

Tu me comoves, Senhor; comove-me o ver-Te cravado numa cruz e escarnecido; comove-me ver Teu corpo tão ferido; comove-me Teu sofrimento e Tua morte.

Comove-me, enfim, Teu Amor, de tal maneira, que, embora não houvesse céu, Te amaria, e, se não houvesse inferno, a Ti temeria.

Nada tens de me dar porque Te queira, pois, ainda que tanto espere, não mereça, o mesmo que Te quero, Te quereria.

Vivinhos!

Por que o espanto?! O Pai Celestial, que não deve ser compreendido na forma antropomórfica, deseja ver frutificar na Terra a Bondade. Se não eram maus, se foram dignos e honestos, por que anatematizá-los por questões de crença? Embora ateus (ou mesmo adeptos de outra fé), quantos e quantos acordarão do Outro Lado fortemente surpreendidos! Porém, vivinhos! Entretanto, aqueles que, com Fraternidade, não se preocuparam em elucidá-los, já que pouco ou nada adianta cultivar religiosidade com arrogância, terão de prestar contas ao Senhor da Vida. Porque muito de esclarecimento lhes foi concedido para amigavelmente distribuir, não apenas por palavras que o vento leva, mas pelas ações exemplares, merecedoras de respeito, posto que moralmente confortam, erguem, encaminham, e também alimentam, vestem, medicam. Mais um fator a ser destacado: ninguém é obrigado a se converter ao que quer que seja. Vivamos realmente a democracia religiosa, como veros cidadãos.

Atentemos, pois, para a advertência de Jesus, no Evangelho, segundo Lucas, 12:42 a 44, quando nos convoca a portarmo-nos “como o mordomo fiel e prudente, a quem o Senhor confiará os Seus conservos para dar-lhes sustento a seu tempo”. Em Apocalipse sem Medo, no capítulo “A Profecia continua válida”, abordo mais vezes o assunto.

José de Paiva Netto — Jornalista, radialista e escritor.
paivanetto@uol.com.brwww.boavontade.com

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

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