Mão de obra desqualificada na contramão do progresso
O Brasil está na moda! É comum ouvirmos esta expressão que visa descrever o papel positivo do País no cenário internacional. Hoje, o Brasil é a sexta economia mundial e está cada vez mais no foco das principais empresas no exterior. Entretanto, as grandes empresas deparam-se com um grande obstáculo: a falta de mão de obra qualificada, principalmente aquela voltada para o mercado internacional. Com a proximidade da Copa do Mundo e Olimpíadas, o preparo do País para a recepção destes eventos é pauta de várias discussões.
Diversos estudos demonstram que o crescimento do País pode estar comprometido por um possível quadro de escassez de mão de obra qualificada. O governo federal atualmente investe em programas de qualificação profissional, tal como o PRONATEC, com a finalidade de melhorar a prestação de serviços no país. Diversas instituições de ensino superior, de igual forma, procuram oferecer em seus cursos de graduação o preparo necessário para um mercado de trabalho em expansão.
Esta preocupação com a qualificação da mão de obra não é recente, mas se intensificou nos últimos anos. Pesquisas sobre a importância do Brasil no cenário internacional realizadas por entidades importantes como a Confederação Nacional da Indústria informam que as indústrias brasileiras que não investem em educação e qualificação profissional não conseguem competir com outros países também em crescimento, tal como a Índia, por exemplo. Importante destacar que os indianos falam mais inglês do que os brasileiros. Outros perigos que o despreparo oferece são aqueles referentes à ineficiência, desperdício, dentre outros, o que resulta em potenciais problemas de qualidade, custos mais elevados e lucros menores.
Percebe-se que hoje no Brasil há vagas de emprego em diversos setores e por isso torna-se vital o investimento em um curso de graduação de qualidade. Os cursos de graduação Relações Internacionais, por exemplo, crescem no Brasil justamente em razão desta demanda para atender o mercado internacional. Mato Grosso do Sul tem um papel importante no desenvolvimento do país em razão do agronegócio e também do turismo, tendo a cidade de Bonito um dos principais pontos turísticos do País. Além disso, o estado faz fronteira com o Paraguai e a Bolívia, o que o torna um campo fértil de pesquisas em diversas áreas.
Os acontecimentos do mundo contemporâneo, massificados pelo fenômeno da globalização e pelo acesso aos meios de comunicação social, estão permanentemente expostos para análise e discussões. O global e o local hoje se misturam. Este mundo globalizado no qual vivemos é marcado por fatos assistidos simultaneamente ao redor do mundo como o 11 de setembro, a Primavera Árabe e a reeleição de Barack Obama. Precisamos estar preparados para atuar neste cenário dinâmico e complexo, aproveitando o potencial brasileiro que desponta cada vez mais.
* Grazihely dos Santos Paulon é bacharel em Relações Internacionais e mestre em História, e coordena o curso de Relações Internacionais do Centro Universitário Anhanguera de Campo Grande.